quinta-feira, 18 de dezembro de 2014


Hoje é o Dia Internacional do Imigrante e para comemorar a data a Comissão da OAB de Direitos dos Refugiados e Migrantes junto com  Associações e Intituições faz uma ação contra a xenofobia em Curitiba- PR.


Confira a reportagem:


http://g1.globo.com/pr/parana/paranatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/hoje-e-o-dia-internacional-do-migrante/3840353/

sábado, 13 de dezembro de 2014

Imigrante senegalês pede igualdade racial no Brasil

Mamur Ndiaye diz que há empregos, mas falta acolhida

Há cinco anos, o imigrante senegalês Mamur Ndiaye, 37 anos, migrou ao Brasil, para onde trouxe a esposa e onde tiveram uma filha, hoje com três anos.

Residente em Passo Fundo, RS, Mamur que serve como ponte entre os demais senegaleses na ajuda com o idioma, remessas e emprego, atesta que não falta trabalho, que há vagas e que não existe disputa com oferta de trabalho aos brasileiros.

Na cidade, os imigrantes continuam tendo dificuldades com documentação e chegaram a ser enviados para outros postos da Polícia Federal no estado.

Na opinião de Mamur Ndiaye as dificuldades de inserção dos imigrantes africanos na sociedade civil do sul do país, não ocorrem por causa do mercado de trabalho, mas essencialmente por questões raciais.

Confira a entrevista a Roseli Lara
Fonte: http://redesul.am.br/N/G/159274

domingo, 7 de dezembro de 2014


PRÊMIO João Canuto 2014

 Atriz Dira Paes presenteia Elizete Sant'Anna de Oliveira, Scalabriniana  que trabalha em favor dos pobres e migrantes em Curitiba - PR

01/12/2014 



Dira Paes presenteia Elizete Sant'Anna de Oliveira, Scalabriniana  
    

A religiosa Elizete Sant'Anna de Oliveira é uma Leiga Scalabriniana e trabalha em favor dos pobres em Curitiba. Leigos Missionários Scalabrinianos são inspirados no missionário italiano João Batista Scalabrini, que fundou uma congregação em 1895. A missão deles é testemunhar e anunciar o amor de Deus entre os migrantes, nas formas leigas da vida cotidiana. Nas últimas décadas, estes missionários podem ser encontrados na fronteira mexicana acolhendo os migrantes que tentam a sorte nos Estados Unidos, entre os marítimos, nas Filipinas, ou entre os norte-africanos refugiados na França.
Em 2011, Elizete foi eleita vice-presidente da coordenação nacional do Serviço Pastoral dos Migrantes, na mesma assembléia que anunciou entre as prioridades o fortalecimento da luta contra o trabalho escravo e o acompanhamento dos migrantes na origem e no destino.
Formada e graduada em Serviço Social pela PUC do Paraná em 2000, Elizete Sant'Anna exerceu por doze anos a profissão como assistente social no Centro de Atendimento ao Migrante da Família Scalabriniana em Curitiba.
É membro do Comitê Estadual para Migrantes e Refugiados do estado do Paraná e do Comitê  de Acompanhamento da Sociedade Civil para as migrações do Ministério da Justiça. 
Nossa irmã tem presença significativa na organização das diferentes comunidades migrantes no Paraná levando os estrangeiros a uma efetiva integração à sociedade brasileira sem perder as origens e as raízes,lutando para que se sintam protagonistas da história, sujeitos de direitos e agentes socio-políticos de mudanças.
Exerce um papel fundamental também na mediação e na articulação de diferentes instituições da sociedade civil e organismos internacionais e de governo com objetivo de garantir a cidadania aos imigrantes e por uma nova lei de migrações no Brasil.
Esta grande defensora da causa migratória e do refúgio crê firmemente que uma sociedade mais justa e solidária, e a utopia de um novo mundo, passam pela cidadania universal para que os diferentes vivam como semelhantes e para que o meio ambiente, como nossa única casa comum,  seja cuidado com carinho e responsabilidade por todos os caminhantes.
Fonte: http://www.humanosdireitos.org/atividades/historico/833-PReMIO-Joao-Canuto-2014.htm

sábado, 6 de dezembro de 2014

Após ficar longe da família, menino do Haiti reencontra pais em Xanxerê

Ele tentava entrar ilegalmente no Brasil junto com um tio quando foi apreendido e encaminhado para um abrigo no Acre
Depois de ficar separada por muito tempo, uma família de haitianos se reencontrou em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina. O pai e a mãe já estavam na cidade, mas o filho de apenas sete anos foi apreendido no Acre quando tentava entrar ilegalmente no Brasil junto com um tio. Após cerca de um mês, um juiz interviu na situação e conseguiu unir a família.
Acompanhe a reportagem:
Fonte: http://ricmais.com.br/sc/cotidiano/videos/apos-ficar-longe-da-familia-menino-do-haiti-reencontra-pais-em-xanxere/

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sem avisar, Acre envia quatro ônibus com haitianos ao RS

Convênio prevê que, no total, oito viagens sejam feitas até Porto Alegre com imigrantes que entraram no Brasil pela Brasileia

26/11/2014 | 20h34
Sem avisar, Acre envia quatro ônibus com haitianos ao RS Luciano Pontes/Secom/Agência de Notícias do Acre/Divulgação
Chegada de haitianos ao abrigo em Rio BrancoFoto: Luciano Pontes/Secom/Agência de Notícias do Acre / Divulgação
O governo do Acre enviou quatro ônibus com haitianos para o território gaúcho. É a primeira vez que Porto Alegre recebe imigrantes a partir de viagens fretadas pelo poder público. O governo gaúcho alegou não ter sido informado previamente da chegada dos caribenhos.

No total, deverão ser oito viagens para a capital gaúcha (passando antes por Rio Branco, Porto Velho, Cuiabá, Campo Grande, Curitiba e Florianópolis, onde parte dos haitianos é deixada) e outras 16 viagens até São Paulo. O investimento, fruto de um convênio entre o governo acreano e a União, é dequase R$ 1,2 milhão. Pelo contrato, a empresa vencedora deve oferecer ônibus com ar condicionado, poltronas reclináveis e cortinas, além de alimentação aos passageiros.
Os migrantes caribenhos ingressaram ilegalmente no Brasil e estavam num abrigo em Brasileia (AC). Não houve comunicação oficial ao governo do RS a respeito, enquanto era feito o encaminhamento. Só depois de uma semana de insistência é que a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) confirmou a chegada dos estrangeiros.
— Nós estamos preparados para recebê-los da forma que vierem, mas gostaríamos de ter sido avisados ao menos do local e da data — afirma o assessor Internacional do governo gaúcho, Fábio Balestro Floriano, que também faz parte do Comitê de Abrigo a Migrantes e Refugiados (Comirat), criado em 2012 para cuidar da onda de migração.
O secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, afirma que foi enviada uma notificação ao governo gaúcho, mas não soube dar detalhes do local e do horário de chegada dos imigrantes. Para ele, o governo acreano está cumprindo o seu papel de receber e encaminhar os estrangeiros.
— O Acre é só uma porta de entrada. Eles não vêm para o Brasil para ficar no Acre, todos sabemos disso. A maioria quer ir para o Sul, onde tem grandes obras e indústrias. Mas já que eles chegam por aqui, nós damos toda a assistência necessária, desde atendimento de saúde, três refeições por dia, abrigo e encaminhamento de documentação — reforça Mourão.
Ele acrescenta que o fretamento de ônibus para levar imigrantes é feito há cerca de um ano e meio, mas que mais de 29 mil já passaram pelo Acre desde o final de 2010.
— Como eles chegam, nós criamos condições para eles seguirem viagem, encontrar seus familiares que já estão aqui e ocupar a vaga de emprego que é o que mais desejam — conclui o secretário acreano.
A possível chegada dos novos haitianos gerou preocupação nos governos estadual e municipal. Nesta terça-feira, foi feita reunião, em caráter de urgência, entre integrantes da Secretaria do Desenvolvimento Social, FGTAS e Secretaria Municipal de Direitos Humanos para pensar estratégias de acolhimento. Não há vagas nos abrigos municipais de Porto Alegre, mas a ideia é solicitar ajuda a alguma escola.
O dilema é que os haitianos chegam sem emprego, dizem as autoridades gaúchas.
— Eles têm carteira de trabalho, permissão do governo federal para trabalhar, mas não vieram com serviço acertado. Foram mandados para cá e cabe a nós tentar ajudar — desabafa Débora Silva, integrante do Comirat.
A vinda dos haitianos gerou uma "saia justa" entre autoridades gaúchas e acreanas. Ouvido por ZH, um especialista em migrações - que costuma buscar abrigo para os estrangeiros - sintetiza o sentimento que tomou conta dos responsáveis por acolhimentos em Porto Alegre.
— O governo do Acre segue repetindo o que fez com São Paulo em abril: lota ônibus e envia sem aviso ou acordo prévio. Os haitianos têm o direito de sair de lá em busca de uma vida digna, mas eles precisam ser recebidos com dignidade aqui e, se soubéssemos com antecedência, poderíamos unir esforços para a acolhida.

"Trata-se de um despejo"
No total, serão 24 veículos fretados. O valor final do contrato entre as empresas de ônibus e o governo acreano é de é de R$ 1.153.107,20.
Uma das maiores especialistas em migrações clandestinas para o Brasil, a professora acreana Letícia Mamed, ligada à Unicamp, define com palavras duras que está acontecendo.
— Desde abril o governo do Acre manda ônibus lotados de haitianos para o Sudeste. Agora chegou a vez do Sul. Eles chamam de "transporte de migrantes", mas trata-se de um despejo.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/11/sem-avisar-acre-envia-quatro-onibus-com-haitianos-ao-rs-4651306.html?utm_source=Redes%20Sociais&utm_medium=Hootsuite&utm_campaign=Hootsuite

quarta-feira, 26 de novembro de 2014



Enviados pelo governo do Acre, haitianos chegam em Porto Alegre a partir desta quarta

Haitianos recebem os primeiros atendimentos quando chegam ao estado do Acre. Na foto, um centro de acolhimento na cidade acreana de Brasileia | Foto: Alex Oliveira
Haitianos recebem os primeiros atendimentos quando chegam ao estado do Acre. Na foto, um centro de acolhimento na cidade acreana de Brasileia | Foto: Alex Oliveira
Samir Oliveira
O governo do Acre despachou no último final de semana quatro ônibus lotados com imigrantes do Haiti para Porto Alegre. O primeiro ônibus saiu do estado no dia 21 e chegará à Capital gaúcha na noite desta quarta-feira (26).
O próprio governo gaúcho foi pego de surpresa e acabou sendo avisado pela imprensa na semana passada que os imigrantes estavam sendo mandados para Porto Alegre. Integrante da Assessoria de Cooperação e Relações Interacionais do governo gaúcho, Fábio Balestro trabalha no gabinete do governador Tarso Genro (PT) e está monitorando a situação.
Ele informa que existe um organismo formado pelo poder público e por organizações da sociedade civil que já está mobilizado para atender os haitianos: o Comitê Estadual de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas (Comirat).
Haitianos no alojamento da empresa, em Gravataí. Foto: Imagem do projeto fotográfico 'Viv Ansanm', de Claudio Bochese.
Foto: Imagem do projeto fotográfico ‘Viv Ansanm’, de Claudio Bochese, de haitianos que vieram para Gravataí.
“Ficamos sabendo da vinda destes haitianos pela mídia e desde sexta-feira passada estamos em contato com o Acre para obter informações. O governo do Acre nos passou apenas informações imprecisas, até agora não sabemos quantas pessoas vêm e quando elas chegam”, explica Fábio. Ele acrescenta que o governo acreano confirmou ter despachado quatro ônibus com imigrantes haitianos para Porto Alegre. Os ônibus saíram nos dias 21, 22, 23 e 24 de novembro e devem chegar à cidade na noite desta quarta, quinta, sexta-feira e sábado, respectivamente.
O governo do Acre contratou a empresa Eucatur para transportar os haitianos. O Palácio Piratini está em contato com os responsáveis pela empresa, na tentativa de localizar o motorista que está dirigindo o ônibus que chegará à Capital na noite desta quarta-feira (26) para saber o horário e o local da chegada.
Fábio Balestro salienta que o governo gaúcho – em conjunto com organizações da sociedade civil, como o Centro Ítalo-Brasileiro de Assistência ao Migrante (Cibai) – pretende fazer todo o atendimento inicial aos haitianos, verificando se todos possuem documentação, lugar para ficar e possibilidades de trabalho. O governo e as entidades tentarão resolver os casos de pessoas sem documentos e sem estadia encaminhados. Além do gabinete do governador, estão mobilizados as Secretarias Estaduais de Justiça e Direitos Humanos e do Trabalho, a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, a Defensoria Pública da União e a Secretaria de Direitos Humanos de Porto Alegre.
Secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão não soube precisar quantos ônibus ou quantos imigrantes estariam se dirigindo a Porto Alegre. Ele informa que foram os próprios haitianos que decidiram vir para a cidade, já que muitos possuem parentes ou amigos que já estão no Rio Grande do Sul.
O Haiti (não) é aqui, trabalho do fotógrafo Alex Oliveira em Brasileia - AC
Mais de 28 mil haitianos já passaram pelo Acre, de acordo com secretário de Direitos Humanos Nilson Mourão | Foto: Alex Oliveira
O secretário afirma que os ônibus foram pagos pelo governo do Acre e pelo governo federal e ressalta que todo o processo foi acompanhado por autoridades federais que tratam da questão. De acordo com ele, em negociação com os haitianos, o Acre elaborou uma rota terrestre que percorre os três estados da Região Sul, então muitos imigrantes ficam em outras cidades no Paraná e em Santa Catarina.
“Esse ônibus finaliza sua viagem em Porto Alegre, mas vai parando ao longo do trajeto. A Região Sul é a que mais recebe imigrantes nos últimos três anos”, diz Mourão. O secretário informa que mais de 28 mil haitianos já passaram pelo Acre e que, por uma decisão política do governo estadual e do Palácio do Planalto, todos serão encaminhados aos destinos que escolherem dentro do território brasileiro. “Essa é uma decisão política: os que chegarem aqui e tiverem que ir para seus destinos serão embarcados”, diz.
Nilson Mourão garante que os imigrantes que chegarão em Porto Alegre já possuem lugar para ficar e estão documentados. “Eles já seguem todos documentados, salvo um ou outro caso. Eles vão ao encontro dos parentes em diferentes cidades do Rio Grande”, informa.
Questionado sobre o fato de não ter havido um diálogo do governo do Acre com o governo gaúcho, o secretário afirma que “não é de hoje que isso está acontecendo”. “Já faz anos que os imigrantes seguem com esse destino. Entendemos que temos que facilitar a vida deles, nossa ação é conduzi-los ao destino que desejam. Se o governo gaúcho quiser saber para onde eles estão indo, é só ver onde estão seus parentes”, comenta.
Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/enviados-pelo-governo-do-acre-haitianos-chegam-em-porto-alegre-a-partir-desta-quarta/

O PARANÁ QUER REFUGIADOS

“Os refugiados chegam com grande bagagem de experiência e diversidade cultural, o que trará efeitos positivos ao mercado de trabalho local”.
O Ministério da Justiça e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) criaram, em parceria, o projeto Mobilidade Regional e Inserção Socioeconômica de Refugiados.
Assinado nesta segunda-feira (24/11), em Curitiba (PR), ele visa facilitar a migração de refugiados colombianos que se encontram atualmente no Equador e buscam melhores possibilidades de reconstruir suas vidas no Brasil.
A ação será desenvolvida por meio do projeto-piloto e pioneiro chamado Mobilidade Regional e Inserção Socioeconômica de Refugiados, proposto pelo Ministério da Justiça e Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil.
O Paraná foi escolhido para iniciar o projeto por ser um dos poucos estados brasileiros a implantar um Comitê Estadual para Refugiados e Migrantes – o CERM. Além disso, é também um dos poucos estados que finalizam um Plano Estadual de Políticas Públicas para Migrantes, Refugiados e Apátridas e que apresenta um dos maiores índices de empregabilidade do país.
Estatísticas oficiais mostram que existem no Brasil cerca de 7 mil refugiados de 80 nacionalidades diferentes. O Equador, com um território 33 vezes menor, por sua vez, é o país da América Latina que possui o maior número de refugiados – 56 mil, dos quais 98% são colombianos.
A ideia do projeto é oferecer uma alternativa para ampliar as perspectivas de integração local como uma solução duradoura aos refugiados que, apesar de não se encontrarem em situação de vulnerabilidade prolongada, segundo a Acnur, ainda buscam autossuficiência e estariam aptos a trabalhar logo após sua chegada ao Brasil.
Para facilitar a integração local e a inserção no mercado laboral, os refugiados participantes do projeto terão acesso a aulas de Língua Portuguesa ainda no Equador. No Paraná, será formada uma rede, composta por instituições dos setores público, privado, universidades e sociedade civil, que trabalhará em conjunto para criar condições de integrar cerca de 200 refugiados colombianos até meados de 2016.
Além de promover a inclusão no mercado de trabalho, as instituições envolvidas também viabilizarão programas de qualificação social e profissional, prevenindo e combatendo exploração e violação dos direitos trabalhistas dos refugiados.
Será formada uma rede, composta por instituições dos setores público, privado, universidades e sociedade civil, que trabalhará em conjunto para criar condições de integrar cerca de 200 refugiados colombianos até meados de 2016.
“Esse é um gesto humanitário do Governo do Paraná e estamos à disposição para que o projeto seja bem sucedido”, disse o secretário do Trabalho, Amin Hannouche. “Veremos a qualificação de cada um e, num segundo momento, o que podemos fazer para qualificá-los melhor ainda para que possam ocupar outras funções onde existam demandas que os paranaenses não tenham interesse”, ressaltou Hannouche.
O represante do Acnur no Brasil, André Ramirez, disse que a parceria com o Paraná tem em vista as oportunidades no Estado e a existência de um Comitê Estadual atuante na área de refugiado. “Os refugiados chegam ao país com uma grande bagagem de experiência e diversidade cultural, o que trará efeitos positivos ao mercado de trabalho local”, disse ele.

Fonte: http://oestrangeiro.org/2014/11/26/o-parana-quer-refugiados/

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Homem é preso por manter índios em situação análoga à escravidão em Guaíra - PR


Veja reportagem em:

http://g1.globo.com/pr/parana/paranatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/homem-e-preso-por-manter-indios-em-situacao-analoga-a-escravidao-em-guaira/3774319/



Homem é preso em Curitiba acusado de aplicar golpes em haitianos.


Veja reportagem em:


http://g1.globo.com/pr/parana/paranatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/homem-e-preso-acusado-de-aplicar-golpes-em-haitianos/3778162/

sexta-feira, 7 de novembro de 2014


Imigrantes Haitianos e Senegaleses recebem aulas gratuitas de português em Rio Grande, RS


Acompanhe:
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/jornal-do-almoco/videos/t/edicoes/v/imigrantes-haitianos-e-senegaleses-recebem-aulas-gratuitas-de-portugues-em-rio-grande-rs/3741615/
DIOCESE E UNIVERSIDADE NO MUNICIPIO DE NOVA ERECHIM PARTICIPAM DE ESTUDO SOBRE MIGRAÇÕES
Na manhã desta quinta-feira (06) o padre Carlista João Marcos Cimadon, de Porto Alegre (RS), esteve em Chapecó para socializar estudos realizados na área das migrações. Os padres carlistas tem como carisma o trabalho com migrantes e recebem formação, sobretudo, voltada para esta área. Atualmente eles estão presentes em cerca de 30 países, entre eles o Brasil.
Na conversa João socializou a forma de organização da rede de apoio aos migrantes no Rio Grande do Sul e a articulação realizada em nível nacional.
Logo na introdução do Livro "Os novos rostos da imigração no Brasil - Haitianos no Rio Grande do Sul", destaca-se a mudança de cenário e nomenclatura dos países que antes se caracterizavam por apenas receber migrantes ou "exportá-los": "[...] Somos hoje um país de imigração, emigração, trânsito e de retorno de brasileiros que voltam depois de longos anos no exterior." (p. 07)
Participaram da formação representantes da Universidade Federal da Fronteira Sul e da Diocese de Chapecó que estudam o tema.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014


Imigrantes são hostilizados no PR após suspeita de Ebola

Há um mês no Brasil vindo da Guiné, o biólogo Abdoulaye Telly Diallo, de 26 anos, passou a enfrentar nos últimos dias ofensas e olhares de desaprovação nas ruas de Cascavel. Desde que seu compatriota Souleymane Bah, de 47 anos, Há um mês no Brasil vindo da Guiné, o biólogo Abdoulaye Telly Diallo, de 26 anos, passou a enfrentar nos últimos dias ofensas e olhares de desaprovação nas ruas de Cascavel. Desde que seu compatriota Souleymane Bah, de 47 anos foi isolado com a suspeita de Ebola, os imigrantes africanos e haitianos que vivem na cidade paranaense passaram a ser hostilizados.
— Há um mês no Brasil vindo da Guiné, o biólogo Abdoulaye Telly Diallo, de 26 anos, passou a enfrentar nos últimos dias ofensas e olhares de desaprovação nas ruas de Cascavel. Desde que seu compatriota Souleymane Bah, de 47 anos, foi isolado com a suspeita de Ebola, os imigrantes africanos e haitianos que vivem na cidade paranaense passaram a ser hostilizados.
A gente vai a uma lanchonete, senta em uma mesa, as pessoas mudam de lugar para ficar longe. Estamos passando na rua e sempre tem alguém que diz "vão embora daqui, parem de trazer doença para o meu País".
No último dia 29, o governo fez uma simulão de procedimento do para atendimento de caso de ebolaAgência Brasil
Diallo diz ter tido um emprego negado na sexta-feira em uma empresa frigorífica da cidade ao informar que vinha da Guiné.
— A gente está na expectativa de que saia o resultado do segundo teste do Bah, para que possamos ter oportunidades aqui.
Também vindo da Guiné, o vendedor Laye Bangaly Camara, de 27 anos, diz que não esperava sofrer preconceito no Brasil.
— Os brasileiros têm de saber que nós passamos por vários controles sanitários antes de sair da Guiné. Só conseguimos o visto se fizermos exames médicos. Respondemos a questionários nos aeroportos pelos quais passamos. Não é justo pensarem que todos que vêm da África trazem o Ebola.
Diallo e Camara fazem parte de um grupo de 11 imigrantes da Guiné que estão morando no Albergue André Luiz, mesmo local onde ficou hospedado Bah. Eles, assim como outras pessoas que podem ter tido contato com o paciente, estão tendo a febre monitorada diariamente.
O centro de acolhida só funciona à noite. Durante o dia, enquanto não obtêm a documentação e vaga de trabalho, os imigrantes ficam na rua. Eles têm se deslocado pouco para evitar hostilidades, como conta Camara.
— Hoje mesmo estávamos sentados na calçada na frente de um estacionamento, conversando, e nos expulsaram.
A assistente social Kátia Pietsch, de 26 anos, disse que até no albergue, que atende estrangeiros e brasileiros, houve conflito.
— Um dos brasileiros começou a gritar com eles, dizer que eles só vinham para o Brasil para trazer doença. Tive de interceder. Esse tipo de discriminação não pode acontecer.
Discriminação
Mesmo imigrantes de outros países africanos e até do Haiti, que nunca tiveram nem sequer um caso suspeito de Ebola, estão sendo hostilizados, como conta Abdoul Bonsara, de 24 anos, que é de Burkina Faso e há sete meses mora em Cascavel e trabalha como mecânico.
— Na sexta-feira, eu ia para o trabalho e começaram a nos apontar na rua dizendo: ‘Olha os caras com Ebola’.
Ele e três compatriotas, como Sitta Compaore, de 25 anos, que dividem uma casa afirmam que a discriminação atesta a falta de conhecimento.  
— Os brasileiros não sabem que Burkina Faso é longe dos países que têm Ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque somos negros.
A mesma opinião tem o tapeceiro Joe Revens, de 33 anos, presidente da Associação de Haitianos em Cascavel. "O Haiti nem está na África e ouço de compatriotas que as pessoas estão evitando ficar próximas deles. É comum ter um assento livre no ônibus ao lado de um haitiano."
Assim como outras cidades do Sul, Cascavel atrai imigrantes por dois motivos: o trabalho em frigoríficos e na construção civil e a rapidez na emissão de documentos. Segundo Revens, há 1.200 haitianos na cidade de 309 mil habitantes.
Moradores de Cascavel negam se tratar de discriminação, mas relatam ter receio. O motorista João Borges, de 59 anos, optou por não trabalhar para estrangeiros.
— Trabalho com frete e já recusei quatro mudanças para haitianos. Mesmo que não tenha Ebola no Haiti, a gente fica com medo porque eles andam todos juntos.
Para alguns moradores, como Osmar Muller, de 54, o controle na entrada de imigrantes de países com o surto da doença deveria ser rígido.
— Acho que os controles são necessários para evitar uma epidemia.
Africano com suspeita de ebola no Brasil passa por novo exame:
Fonte:  http://noticias.r7.com/cidades/imigrantes-sao-hostilizados-no-pr-apos-suspeita-de-ebola-13102014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014


A+ A- imprimir



Igreja de Caxias do Sul: uma história

 de caridade e acolhida aos estrangeiros



 









Caxias do Sul (RV) - A região Sul do Brasil tem sido marcada por um movimento recente.
 Enquanto a América do Norte e a Europa registram altos índices de desemprego, o maior 
atrativo gaúcho é a força da indústria que emprega. A Igreja se viu em plena missão e
 comprometida com a nova migração de mais de 10 mil estrangeiros, hoje felizmente
 integrados entre o povo gaúcho, como bem nos conta Dom Alessandro Ruffinoni, bispo
 coadjutor da Diocese de Caxias do Sul (RS). A reportagem é de Andressa Collet. 
(Ouça, clicando acima)

Fonte: http://pt.radiovaticana.va/news/2014/09/19/igreja_de_
caxias_do_sul:_uma_hist%C3%B3ria_de_caridade_e_acolhida_
aos/bra-826019








domingo, 21 de setembro de 2014


Alice no país dos porto-alegrenses


quarentadias
Quarenta Dias, da escritora paulista Maria Valéria Rezende, conta uma história do tamanho do Brasil, embora restrinja seu foco a Porto Alegre. O romance (Alfaguara, 248 páginas, R$ 37,90) acompanha a paraibana Alice, professora na faixa dos 50 anos, que, após muita insistência, se vê praticamente obrigada a trocar João Pessoa por Porto Alegre – para ajudar a filha, professora universitária casada com um gaúcho – nos planos de uma futura gravidez. É do estranhamento de Alice com Porto Alegre, uma cidade de costumes e gentes diversos, nos quais outros nordestinos como a protagonista parecem sempre relegados à periferia e a funções subalternas, que Maria Valéria tece sua história.
Freira da Congregação de Nossa Senhora, Maria Valéria não ignora as referências bíblicas do título de seu romance. Se no Evangelho de Mateus Jesus passa 40 dias em uma ascese mística jejuando no deserto, período em que é tentado com o reino material pelo próprio Diabo, a protagonista do romance migra de sua pacata e já estabelecida vida nordestina para um deserto sem conhecidos e amigos, no qual o conforto material e o consumismo inconsequente são as grandes tentações mascarando uma vida vazia.
Os Quarenta Dias mencionados no título são um período crucial da narrativa, no qual Alice, sozinha em Porto Alegre devido a uma reviravolta familiar que soa um tanto forçada, se lança a vagar sem rumo pela cidade desconhecida, dormindo em parques, saguões de hospital e bancos de rodoviária, com o pretexto de encontrar o filho de uma amiga  pernambucana. Maria Valéria Rezende já comentou em entrevistas que elaborou a história e depois passou um tempo em Porto Alegre pondo à prova as errâncias da personagem.
Tal circunstância talvez explique a irregularidade do livro: a fragilidade dos eventos construídos para empurrar Alice para sua caminhada. Os encontros e contatos espontâneos que Alice estabelece com as pessoas do lugar são a maior riqueza do romance. Por baixo de sotaques e hábitos diversos, Alice vai tecendo elos fugazes com pessoas que, no fundo, ela não tarda a perceber, carregam muitas das mesmas angústias da própria protagonista: solidão, falta de conexão com o mundo ao redor, cansaço, solidariedade. As trombadas de Alice com a árida Porto Alegre também servem para uma denúncia sutil do racismo e do preconceito velados que este Rio Grande do Sul tão orgulhoso de si mesmo nunca admite que pratica.
Por mais errático que seja o caminho de Alice, é gratificante trilhá-lo com ela. O problema é que, até o início dessa jornada, a autora se estende por 60 páginas no rame-rame da relação insatisfatória de Alice com sua filha, com o genro, com o estranho apartamento “todo em preto e branco” em que foi alojada. A história se ilumina quando Alice finalmente abre a porta e se aventura nas ruas frias e estranhas de Porto Alegre.  Pena que ela não faça isso mais cedo.

A Ucrânia no Paraná

Fotos: Márcio Pimenta
Fotos: Márcio Pimenta / Ao chegarem no Brasil, os ucranianos encontraram terras férteis, mas passaram fome até conseguirem estrutura e um pedaço de chão para plantarAo chegarem no Brasil, os ucranianos encontraram terras férteis, mas passaram fome até conseguirem estrutura e um pedaço de chão para plantar
É em Prudentópolis, a 200 km de Curitiba, que está o coração do país do Leste Europeu no Brasil. Os primeiros imigrantes chegaram ainda no século 19
No Centro-Sul do Paraná, entre florestas de araucárias e verdes campos de aveia e trigo, está Prudentópolis, o coração da Ucrânia no Brasil. Estima-se que 70% da cidade de 50 mil habitantes sejam descendentes de imigrantes ucranianos que aportaram por aqui no século 19. Os 30% restantes são divididos entre descendentes de italianos, poloneses, alemães e alguns brasileiros misturados.
Os ucranianos começaram a chegar por volta de 1894 quando deixaram a Província da Galícia, no extremo Leste do então império austro-húngaro. Foram seduzidos pelos agentes das companhias de navegação que faziam rotas para as Américas. Brasil e Canadá eram os principais destinos. Sem conhecimento sobre o Brasil, tinham como única fonte de informação o relato dos agentes, que não tinham escrúpulo ao fazer promessas para convencer os imigrantes, afirmando que eles iriam encontrar desde “terras sem senhores” a “estradas feitas de esmeraldas”.
 / As festas são momentos de reavivamento das tradiçõesAmpliar imagem
As festas são momentos de reavivamento das tradições
Laços familiares
Educação e religião ajudam a preservar a cultura
Nas escolas públicas de Prudentópolis, as crianças têm aulas em português e em ucraniano e praticam o idioma dos ancestrais em conversas na hora do recreio ou em situações do cotidiano, com os familiares. Mas nem sempre foi tão fácil. No fim da década de 1930, com o início do “Estado Novo” e a eclosão da 2ª Guerra Mundial, o governo de Getúlio Vargas – com o pretexto de preservar a segurança nacional – proibiu a prática de línguas estrangeiras em público, mesmo em atividades religiosas. O Pratsia, jornal de língua ucraniana, foi fechado.
“Na escola, nós assistíamos às aulas com os estudantes brasileiros. Mas após à aula, a catequista nos levava para a floresta e lá subimos nas árvores enquanto ela ditava as lições em ucraniano escondida atrás de algum pinheiro, de modo a não atrair a atenção das autoridades”, lembra Madeleine Zakaluguem Kolecha, 82 anos.
Hoje ela mantém um museu particular com objetos e fotografias herdados dos pais e avós e ensina a língua para a neta Lívia, de 3 anos. O Pratsia está em plena circulação e as cerimônias religiosas em ucraniano são transmitidas por uma rádio local. A religião tem importante papel no fortalecimento da memória. As famílias se reúnem nas missas e as crianças participam ativamente das atividades do culto. E em cada comunidade rural há igrejas e capelas. “A cultura flui do povo, não é imposta”, afirma orgulhosa Meroslawa Krevey.
Os imigrantes fizeram uma viagem rumo ao desconhecido. O destino deles foi o Paraná, que pretendia usar os estrangeiros para consolidar a ocupação de parte das fronteiras do Brasil e produzir alimentos para abastecer a região. Mas eles chegaram a uma terra de promessas quebradas: Prudentópolis era, então, apenas uma rua de lama com uma única linha de telégrafo, rodeada por uma grande floresta de pinheiros e nenhuma infraestrutura. Nem mesmo os lotes prometidos estavam demarcados. No início, os colonos se viram diante da fome e da morte. Foram necessários anos de resistência para que os ucranianos pudessem construir novas relações sociais e efetivamente pudessem trabalhar na terra.
Cultura
A luta hoje é diferente: manter a cultura viva e distinta depois de um século no Brasil. Uma frente nessa batalha é o Museu do Milênio. Lá podem ser encontrados muitos dos artefatos e ferramentas utilizados pelos colonos em seus primeiros anos no Brasil. O espaço é cuidado pela catequista e curadora, Meroslawa Krevey, que atende aos visitantes falando em ucraniano ou português. “O ucraniano que chega aqui se sente em casa, assim como nós nos sentimos ao chegar lá”, diz.
Com as batalhas no Leste da Ucrânia, onde a Rússia – após tomar o território da Criméia – ameaça agora tomar a região de Donetsk – o patriotismo fica mais evidente entre os descendentes em Prudentópolis. Durante o festival anual Veréneke, que foi programado para coincidir com o Dia da Bandeira Nacional da Ucrânia, em 23 de agosto, as flâmulas do país estavam em plena exibição durante a festa, que contou até mesmo com a presença do cantor pop ucraniano Tarás Kurchyk, que subiu ao palco cantando uma versão de “What a Wonderful World”. A soberania da Ucrânia está mantido, pelo menos em Prudentópolis.
Movimento de intercâmbio é intenso entre os jovens
Todos os anos alguns brasileiros são beneficiados com bolsas do governo ucraniano para estudar no país natal dos antepassados. Foi o caso dos primos Alessandro Stucki e Juliano Gaiocha. Eles passaram os últimos cinco anos estudando Engenharia Eletromecânica em Lviv, bem a Oeste da capital Kiev. Aprenderam o idioma no Brasil, na fazenda onde moravam com os pais, mas ao chegar a Ucrânia descobriram que a língua que aprenderam foi uma versão “arcaica” que não tinha evoluído desde o dia que os bisavós chegaram ao Brasil.
Mas tiveram pouca dificuldade na adaptação, graças a um produto brasileiro de exportação: o futebol. Em Lviv, eles fizeram amizade com os jogadores brasileiros do FC Karpaty Lviv: William Batista, Eric de Oliveira Pereira e Danilo Avelar. Nos fins de semana juntavam-se para fazer churrascos e até feijoada (sementes trazidas do Brasil brotaram em solo ucraniano).
A descendente Oksana Jadvizak formou-se em História no Brasil e estudou mestrado na Ucrânia, onde pesquisou sobre o início da religião greco-Católica no Brasil. Mas após concluírem os cursos, a saudade – e o início do conflito na Ucrânia – obrigou-os a voltar para casa e viver na fazenda da família, mais uma vez.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1500142&tit=A-Ucrania-no-Parana