quarta-feira, 26 de março de 2014

Conferência debate as necessidades dos migrantes em Passo Fundo- RS

Autor: Natália Arend
Conferência debate as necessidades dos migrantes em Passo Fundo
Foto: Natalia Arend
Há pouco menos de uma década, Passo Fundo assiste a um movimento migratório. Vindos do Senegal, Bangladesh, Moçambique, Somália e Haiti, os migrantes escolhem Passo Fundo como destino, em busca de trabalho, e melhores condições de vida. Quando chegam encontram barreiras como a língua, que tira a autonomia na hora de se comunicar, e dificuldades em fazer documentos. Para entender as necessidades dessas comunidades, aconteceu no último, sábado (22), a 1º Conferência Livre Regional sobre Migrações e Refúgio, na Câmara de Vereadores.
Mobilizados, os migrantes, que se organizam em sociedades de acordo com a nacionalidade, eram cerca de 270 pessoas no plenário da Câmara. A conferência é resultado de um movimento que busca tornar os migrantes agentes de sua inclusão no Brasil começou no fim de 2013, com uma reunião entre os representantes de cada sociedade, a  diretora de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do RS – SJDH, Tâmara Biolo Soares, a vereadora Claudia Furlanetto, e outras instituições do município.
Durante o sábado foram definidas as prioridades das comunidades de migrantes “Esse momento é um marco de inclusão para nossa cidade, é a hora de romper barreiras discriminatórias”, diz Claudia. Essas prioridades serão encaminhadas para a Conferência Nacional sobre Migração e Refúgio,COMIGRAR,  que vai acontecer de 30 de maio a 1º de junho. Dessas demandas deve sair o Plano Nacional de Migração e Refúgio. O plano deve atender as particularidades de cada estado e município.
Plano Municipal
Vindos de países devastados, como é o caso do Haiti, os migrantes chegam precisando de assistência. A intenção de estabelecer o Plano Municipal de Migração e Refúgio é facilitar o acesso das novas comunidades ao atendimento médico e assistência social. Facilitar o contato com imobiliários, e dar acesso a aulas de língua portuguesa.

Segundo a vereadora Claudia Furlanetto, a conferência teve resultados positivos, e vários encaminhamentos. O Coordenador da Executiva 1ª Comigrar, Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, Sady Fauth, a participação dos migrantes de Passo Fundo, surpreendeu em relação a outras cidades do Brasil.
Dificuldades

A principal dificuldade dos migrantes é conseguir documentação como visto permanente e carteira de identidade para estrangeiros. Esses documentos facilitariam a procura por um trabalho e a locação de imóveis, a matrícula em instituições de ensino. Além dos documentos, a língua é outra barreira que dificulta o dia –a – dia dos migrantes na cidade. Contratos de trabalho, e alugueis escritos em língua portuguesa, impedem que os migrantes entendam o que estão assinando, e se atende as suas necessidades.A validação da profissão é outra reivindicação dos migrantes. Além de trabalhar sem carteira assinada, boa parte deles desempenham funções inferiores a formação.

Fonte: http://www.diariodamanha.com/noticias/ver/750/Confer%C3%AAncia+debate+as+necessidades+dos+migrantes+em+Passo+Fundo

Nenhum comentário:

Postar um comentário