Família de brasileiro morto nos EUA
pede ajuda para transportar o corpo
Armando Rugini diz não ter condições de pagar o traslado do corpo do filho.
Marcelo morreu aos 24 anos em acidente de avião nos EUA na última sexta.
A família de Marcelo Rugini, morto em um acidente de avião na última sexta-feira (16) nos Estados Unidos, onde morava e estudava, não tem condições de bancar o traslado do corpo ao Brasil. Porém, o pai, o agricultor Armando Rugini, de 56 anos, não abre mão do direito de se despedir do filho em Muliterno, município de 1,7 mil habitantes no Norte do Rio Grande do Sul. “Não temos condições de bancar isso, porque trabalhamos como agricultores aqui”, diz Rugini aoG1.
O acidente ocorreu no aeroporto regional do condado de Knox, no estado do Maine, no Nordeste dos Estados Unidos. Marcelo era passageiro de uma aeronave de pequeno porte e, junto com amigos, faria um passeio. Ainda na pista, o Cessna 172 se chocou em uma caminhonete e caiu logo depois da decolagem. Além de Marcelo, dois colegas americanos morreram.
Para poder enterrar Marcelo, o agricultor pediu apoio ao Consulado Brasileiro em Boston, à Universidade do Maine, onde o jovem cursava Agronomia Sustentável, e ao ex-patrão do filho, Bob Spear, proprietário de uma fazenda de cultivo de vegetais onde ele trabalhava em Nobleboro, no Maine.
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“Sempre digo ao patrão, ao Consulado Brasileiro em Boston e à universidade: quero meu filho aqui seja como for, de que maneira for, mas não tenho como pagar por isso”, declara o agricultor.
A arrecadação de fundos para o traslado está a cargo de Lucas Bernardi, amigo de Marcelo que também estuda nos EUA. Segundo ele, um seguro pagará maior parte do valor. Para obter o restante, ele espera o resultado de um exame de perícia para mover uma ação contra quem for considerado culpado pelo acidente.
"Vamos atrás do resto do valor. Por ter sido um acidente, temos advogados trabalhando no caso para conseguirmos mais recursos financeiros para a família", disse Lucas ao G1.
"Vamos atrás do resto do valor. Por ter sido um acidente, temos advogados trabalhando no caso para conseguirmos mais recursos financeiros para a família", disse Lucas ao G1.
O traslado do corpo começa na próxima segunda-feira (26). O transporte terá quatro etapas. Primeiro, parte do Maine para Boston, e depois, para Nova York. Da metrópole, o corpo será transportado até São Paulo, para, enfim, chegar ao Rio Grande do Sul. “Ficará a nosso cargo recebê-lo em Porto Alegre”, diz o agricultor.
É um orgulho saber que ele tinha tanta admiração"
Armando Rugini, pai de Marcelo
Marcelo estudava nos Estados Unidos há sete anos. Os pais haviam feito passaporte para viajarem a Maine em maio de 2013, quando o jovem se formaria. "Estávamos contando os dias para a formatura. Já tínhamos feito o passaporte. Estávamos juntando dinheiro, fazendo economias", revelou.
A demora no traslado causa “agonia” em Armando, que se emociona ao falar sobre as homenagens que Marcelo receberá nos Estados Unidos. “É um orgulho saber que ele tinha tanta admiração, e que a amizade ele deixou nos Estados Unidos é tão grande. Não temos palavras”, declarou.
No sábado (24), será realizada uma solenidade em homenagem às vítimas do acidente na Universidade do Maine, e um memorial será construído na fazenda onde Marcelo trabalhava.
A universidade também produzirá um filme sobre Marcelo, que será enviado à família. “Eles vão preparar tudo isso e mandar para nós vermos o que foi feito pelo Marcelo, o que ele era na universidade”, diz o pai.
Fonte: http://g1.globo.com
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