segunda-feira, 10 de junho de 2013

PASSO (MUITO) FUNDO PARA OS IMIGRANTES SENEGALESES

Para a Associação dos Senegaleses em Passo Fundo no RS, a maioria dos estrangeiros procura o município porque há conterrâneos na cidade e facilidade em encontrar emprego no Estado.“Não estamos pedindo ajuda. Queremos apenas que os documentos saiam logo para trabalharmos”.
Em torno de duzentos senegaleses chegaram ilegalmente a Passo Fundo, na Região Norte do Rio Grande do Sul nos últimos oito meses. No mês de maio, quinze estrangeiros desembarcaram na cidade. Números baixos, mas que sobrecarregam os serviços já precários da Polícia Federal.
A PF afirmou que não tinha como agendar novos pedidos para regularizar permanência no Brasil. Situação que complica a vida desses imigrantes – já que somente com o visto de permanência provisória eles podem continuar no país.
Segundo a Polícia Federal, a maioria ingressa na América do Sul pelos estados da Região Norte do Brasil, principalmente o Acre. De lá, descem até a Argentina por países vizinhos. Ainda segundo a PF, os imigrantes estariam sendo auxiliados por coiotes  para ingressar o Rio Grande do Sul pelo município de Uruguaiana.
PF se recusa a analisar os processos dos imigrantes
Com o ingresso de mais um grupo, a Polícia Federal não tem conseguido analisar a situação de cada um dos estrangeiros. A demanda para os servidores tem aumentado. “Não foi feito agendamento nenhum para eles. Foi solicitado que eles se dirigissem a outra unidade da Polícia Federal pra fazer os procedimentos, já que aqui não podemos mais suportar a demanda”, explica o delegado Mauro Vinícius de Moraes.
Sem condições financeiras e roupas adequadas, eles foram encaminhados para o albergue municipal. “Foi bem chocante, eles chegaram e estava bem frio. Estavam descalços, de camiseta, com fome. Foram dados agasalhos e café quente, além do abrigo”, conta o secretário de Cidadania e Assistência Social do município, Nelí Formigheri.
Para o representante da Associação dos Senegaleses em Passo Fundo, Mamour Ndiaye, a maioria dos estrangeiros procura o município porque há mais de quatrocentos conterrâneos na cidade. Além disso, há facilidade em encontrar emprego no Norte do estado.“Não estamos pedindo ajuda. Queremos apenas que os documentos saiam logo para trabalharmos”, diz Ndiaye.
(Agências – 08/06/2013)

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