sexta-feira, 30 de agosto de 2013


A Acolhida e os Bengaleses em Jaguapitã- PR


Temos nos deparado ultimamente com um grupo de transeuntes bengaleses na cidade de Jaguapitã. Estima-se entre 60 homens espalhados pela cidade. No último mês a Folha de Londrina trouxe informações de que estes estrangeiros têm passado a residir no norte e noroeste do estado do Paraná. 
Provenientes de Bangladesh, homens de diferentes idades migraram para o Brasil, segundo eles, em razão dos conflitos políticos e sociais. Desembolsaram um valor considerável em dinheiro na esperança de encontrar aqui uma vida melhor. Sofrem com a limitação da língua e buscam por dignidade referente à moradia, trabalho e justiça. Vivem a incerteza de realmente terem chances de fazer a vida no Brasil e temem a deportação. Não são simplesmente estrangeiros ou refugiados, o que é pior, estão abaixo de um pobre, vivem em situações por vezes degradantes. Aqui em Jaguapitã, alguns estão trabalhando e se agrupam em moradias alugadas por eles próprios.
Reflitamos neste instante: É possível encontrar dignidade fora de casa, numa terra estrangeira, com uma cultura extremamente diferente? 
A Bíblia nos aponta uma resposta positiva, na Pessoa do Apóstolo Paulo na carta aos Efésios, “Portanto, já não sois estrangeiros e adventícios, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus”.
Interessante o contexto histórico desta passagem porque Éfeso era populosa e rica com muitos estrangeiros em razão do mercado portuário. Ofertava uma boa qualidade de vida. Jaguapitã não chega a ser populosa, porém tem muitas riquezas e é referência no mercado externo pela exportação do frango, como também se agrega a região agrícola do estado do Paraná.
O mais relevante da mensagem Paulina diante dos bengaleses é a: Acolhida! Como cristãos não podemos ficar indiferentes a esta realidade. Saber acolher o próximo é assumir as palavras da bíblia como também confirmar que somos filhos de Deus, que os bengaleses são nossos irmãos. Esta cidade vem sendo convidada a olhar esses irmãos por dois aspectos: culturais e religiosos. Quando olharmos e compreendemos os bengaleses a partir destes dois aspectos, estaremos praticando a acolhida cristã. 
A partir dessas reflexões proponho: Seria o caso pensar a Pastoral dos Imigrantes para esta comunidade paroquial? Sendo eles mulçumanos nos instiga ao diálogo inter-religioso?
Assim intensificaremos nossa comunhão para a Paz.
Flávio Negri, seminarista



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