terça-feira, 27 de agosto de 2013

Jovens estrangeiros escolhem morar ou estudar em Florianópolis - SC



Jovens estrangeiros escolhem morar ou estudar em Florianópolis Alvarélio Kurossu/Agencia RBS

Lugares bonitos, gente interessante e diversão. Esse é o trio que qualquer turista procura quando viaja para outro país, certo? Porém, tratando-se de Brasil essa trinca pode ser modificada conforme as regiões visitadas. Afinal, quem vai para a Bahia certamente está procurando atrações diferentes do que quem vem para o Sul.

Sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o país atrai estrangeiros não só pelas praias paradisíacas e a gente hospitaleira, mas também pelas oportunidades de desenvolvimento profissional que oferece.

Somente na Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil (Abipe) houve um aumento de 15% na procura em 2012. Neste ano tudo indica que o crescimento vai continuar.

— Eles buscam o Brasil por uma conjuntura de fatores. Sem sombra de dúvida, a exposição toda que estamos tendo na mídia é um deles. A questão de a nossa economia estar em um patamar positivo é outro. Em paralelo, há um cenário oposto que são as crises de várias nações europeias — explica Paula Prado, gerente executiva da entidade.

A Abipe é uma instituição sem fins lucrativos com sede em São Paulo e que atua em todos os Estados, mantendo parceria com 32 universidades públicas e privadas. Um dos seus focos é o intercâmbio recíproco, no qual se trocam oportunidades de estágio com mais de 80 países.

Quem mais procura o Brasil são os alemães: quase 150 pessoas por ano vêm conhecer as nossas belezas naturais de perto. Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais são os Estados mais visados pelos intercambistas. Essa demanda, porém, está mais ligada às oportunidades que as universidades oferecem do que necessariamente a uma ideia pré-concebida sobre o país – embora muitos se surpreendam com o avanço tecnológico em algumas áreas.

— Santa Catarina é um Estado riquíssimo, onde temos um potencial enorme de empresas que, tenho certeza, adorariam contar com estagiários estrangeiros. Mas para isso precisamos de uma universidade parceira que queira receber os estudantes enquanto estão trabalhando, porque pela legislação atual é mandatório que eles estejam vinculados a uma instituição de ensino — diz Paula.

O mais legal disso tudo é que se podemos ter amigos estrangeiros por aqui, é possível também viajar para outros países por meio desses programas. Se você é universitário ou está fazendo pós-graduação, tem entre 22 e 30 anos, pode participar (confira mais informações em abipe.org.br). Já imaginou viajar para estudar e ainda descolar uma graninha ganhando experiência na área? Prepare as malas e boa sorte.

Conexão Canadá
Fazer intercâmbio em outro país pode ser realmente assustador. Imagine um lugar em que as temperaturas são altíssimas no verão e sua população come coração de galinha! Por incrível que pareça, essa foi a impressão que Aidan Taylor, de 18 anos, teve do Brasil quando chegou em Florianópolis no ano passado.

Incentivado pela família, o estudante saiu de Thamesville, em Ontário, no Canadá, para encarar o mesmo percurso que seu irmão havia feito há cinco anos. Agora, ele quer transformar esta na viagem dos sonhos, vivendo a rotina de estudante no colégio COC, no Centro de Florianópolis.

— Meus pais investem bastante em experiências no exterior. Meu irmão mais velho veio para o Brasil, meu outro irmão foi para a França e, no ano passado, fiquei um ano na Croácia. Agora, estou no meu segundo programa, e meu irmão mais novo foi para o Chile — explica Aidan, que está faz endo este intercâmbio pela organização Rotary.

O Brasil é lindo como o irmão disse que seria, mas algumas surpresas aconteceram no meio do caminho.

— A maior parte da comida é diferente da que estava acostumado em casa, mas é deliciosa. Aqui se come bastante arroz e feijão, que eu não consumia tanto. Quanto
à cultura, não sabia muito o que esperar , mas fiquei surpreso por encontrar um time de rugby aqui — conta ele, que também pratica o esporte no Canadá.

Em relação à comida, ele diz que está se adaptando bem e, sem hesitar, confessa que vai sentir falta de tomar guaraná. Ele ainda não visitou o Rio e São Paulo, mas faz planos de passar por lá. Além disso, se programa também para velejar e praticar kitesurfe. Já quando retornar ao seu país os planos são mais comportados: quer terminar a escola e se preparar para a faculdade.

Aventura Mexicana

Fonte: Daniel Conzi / Agência RBSFilhos de pai japonês e mãe mexicana, estes três desembarcaram em Floripa por uma decisão muito pessoal. Thai, Isamu e Tamaya Okumura estão há quase dois anos na cidade que escolheram viver com a mãe quando se mudaram do México.

Apaixonados pelo Brasil, já haviam passado férias aqui em 2005 e estavam dispostos a fazer da Ilha o seu lar.

 — Na real, fomos nós que decidimos: meus irmãos e eu. Minha mãe perguntou onde queríamos morar e sabíamos que ela era apaixonada pelo Brasil — explica Isamu, 17 anos, estudante da Escola da Ilha.

Aluna do mesmo colégio, Tamaya é a mais nova dos três, com 14anos. Ela conhecia pouco do país, sabia apenas que existia Carnaval no Rio de Janeiro. Mas isso não a impediu de topar a aventura de vir para Floripa.

— O que mais me impressionei quando cheguei é que as pessoas são muito esportivas — diz.

O irmão mais velho concorda. Cada vez mais apaixonado pelo país, Thai, de 20 anos, já embarcou nesta onda:

— Quando a gente tomou a decisão de vir, pensei que tinha que fazer aulas de surfe. Surfei um pouquinho, mas agora estou mais empolgado fazendo downhill na bike e outras atividades — conta o estudante de Naturologia da Unisul.

Eles ainda não tiveram a oportunidade de voltar ao México para visitar a família e os amigos, mas por enquanto não se preocupam muito com isso. Apesar da saudade, estão curtindo a experiência de morar na Ilha da Magia.
sabíamos que ela era apaixonada pelo Brasil — explica Isamu, 17 anos, estudante da Escola da Ilha.

Aluna do mesmo colégio, Tamaya é a mais nova dos três, com 14anos. Ela conhecia pouco do país, sabia apenas que existia Carnaval no Rio de Janeiro. Mas isso não a impediu de topar a aventura de vir para Floripa.

— O que mais me impressionei quando cheguei é que as pessoas são muito esportivas — diz.

O irmão mais velho concorda. Cada vez mais apaixonado pelo país, Thai, de 20 anos, já embarcou nesta onda:

— Quando a gente tomou a decisão de vir, pensei que tinha que fazer aulas de surfe. Surfei um pouquinho, mas agora estou mais empolgado fazendo downhill na bike e outras atividades — conta o estudante de Naturologia da Unisul.

Eles ainda não tiveram a oportunidade de voltar ao México para visitar a família e os amigos, mas por enquanto não se preocupam muito com isso. Apesar da saudade, estão curtindo a experiência de morar na Ilha da Magia.

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