quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Festa dos motoristas em Umbará, Curitiba- Pr

No próximo dia 06 de outubro a Paróquia São Pedro, Umbará, celebrará sua clássica Festa dos Motoristas sob a proteção de São Cristóvão e Nossa Senhora Aparecida.
Marcada por longa tradição, se não antes, ao menos desde a metade do século passado, a Festa dos Motoristas na Paróquia São Pedro-Umbará quer continuar sendo uma oportunidade de crescimento na consciência e na responsabilidade de conduzir veículos automotores, assim como outros meios de transporte, e igualmente ocasião de comunhão na prece rogando ao Senhor mercê e proteção para todos os motoristas diante da imprevisibilidade dos movimentos da vida, especialmente de quem vive as vicissitudes desta profissão.
Celebrizado e enaltecido por suplantar distâncias, aproximar pessoas e facilitar serviços, já vai longe o tempo em que o automóvel, em todas as suas versões, figurava como demonstração de beleza e distinção. A realidade do trânsito moderno denota agudo momento de preocupação, estresse e agressividade. São inúmeros os artefatos mecânicos que entrecruzam estradas e espíritos.
O horizonte moderno vive ofuscado por semáforos, pontes estaiadas, viadutos, trincheiras e radares. Tudo é repetitivo; um eterno fazer o mesmo. Não sem razão, o romancista tcheco Milan Kundera insiste na urgente necessidade de resgatar o sentido dos caminhos. Para ele, a estrada diferencia-se do caminho não só porque a percorremos de carro, mas porque é uma simples linha ligando um ponto a outro. O caminho, por sua vez, é uma homenagem ao espaço. Assim que, cada trecho do caminho tem um sentido próprio convidando-nos graciosamente a parar.
Sob a égide das máquinas e dos eletrônicos amargamos tempos lineares e formais. Até porque, antes mesmo de desaparecerem da paisagem, os caminhos desapareceram da alma humana. A vontade de caminhar – e de ter prazer nisso – parece inexistir no âmago do ser humano hodierno. Sua vida também, ele não a vê mais como um caminho, mas como uma estrada: como uma linha que leva de um ponto a outro, da condição de simples cidadão ao ambicionado cargo público acalentado, do posto de capitão ao comando de general, do estado de esposo(a) ao estado de viúvo(a), da etapa jovem à idade adulta, da categoria de estudante ao mundo profissional. Por tal motivo, a estrada não passa de uma triunfal desvalorização do espaço e do tempo das coisas e das pessoas.
De todo modo, para nós, estar no e em trânsito significa promover a comunicação entre as pessoas e garantir as condições de sustentação da vida. Então, venha celebrar, participar e festejar conosco mais esta etapa do nosso caminho!
Pe. Miguel Longhi, cs
Pároco

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