sexta-feira, 28 de dezembro de 2012



JORNAL O EMIGRANTE
Jornal do Movimento Leigo Scalabriniano da Paróquia São Pedro de Encantado- RS


Padre Haitiano deixa mensagem...


Empresa da as boas vindas aos haitianos que chegam para trabalhar...




No centro Municipal d eEducação estão sendo dadas aulas em portugues aos haitianos...



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012



Relatos das visitas do Pe. Gustot Lucien 
aos imigrantes haitianos no RS

No dia 17 do mês de novembro as 7:30, viajei de ônibus, com destino Caxias do Sul. Fui acolhido por uma família dona do restaurante Forquetense, onde tem um grupo de 04 haitianos trabalhando. No mesmo dia à noite fui visitar outro grupo de haitianos numa outra região chamada Parada Cristal, no seu alojamento. Eles trabalham numa empresa chamada Vinhedo Papeis. Nesse grupo um havia acabado de sofrer um acidente no trabalho, e esta com os dois braços quebrados. No domingo das 16 a 18 horas, tive uma reunião com um grupo de aproximadamente 25 haitianos, que estão sendo acompanhados pelas Irmã Carlitas. Esta reunião aconteceu no salão da paróquia São Pelegrino, encerrei o dia de trabalho, concelebrando na missa das 19:45 como o Pároco, onde aproveitei a homilia para explicar o motivo da minha visita na cidade, recebi uma acolhida calorosa, na paróquia, após a missa atendi algumas confissões.
Na segunda feira de manhã dia 20 de novembro, me reuni com os haitianos que trabalham no restaurante Forquetense, as 7:30 da manhã.  Na seqüência fui à empresa vinhedo papeis para me encontrar com a gerente da empresa e outros funcionários. Depois do almoço, fui para Porto Alegre.   Lá posei na nossa Igreja da Pompéia que pertence a provincia São Pedro, fui muito bem acolhido pelos Padres Lauro e João Marco Cimadon.
            No dia 20, Pe. Jão Cimadon, Irmão Paulo Welter, s.j (inclusive este colaborou por alguns meses em Manaus com a nossa missão) e eu, partimos de Porto Alegre para uma turnê missionária, visitas aos haitianos. Partimos em direção as cidades de Lageados, Estrela, Encantado, Parai, Marau e Passo Fundo. Como sempre nossa intenção foi de escutar, os haitianos, seus empresários, conhecer suas moradias, incentivar a pratica religiosa, e orientar, em certas situações.
            A nossa primeira visita foi em Lageados na construtora Zagonel, na linha da construção civil. Fomos acolhidos pelo Senhor José Zagonel, diretor da empresa no seu escritório. Acolheu-nos bem e nos falou, sobre a maneira que vem acontecendo a integração dos meninos na empresa, na moradia, no trabalho e o acompanhamento da documentação deles. Ele diz que está muito satisfeito. Na seqüência, ele nos convidou para visitar as duas obras onde eles trabalham. Reunimos-nos com eles, evidentemente por causa da língua, falo mais com eles que meus colegas que estavam comigo.
            A segunda visita aconteceu na Empresa pré-tubo, ela é situada na beira da BR 386, na cidade Estrela, lá tem 12 haitianos trabalhando, nos acolheram bem também, passamos certas horas com eles, orientando sobre certas situações. No fim do dia seguimos para cidade de Encantado, e por volta da 5:30 chegamos na nossa paróquia( São Pedro) Fomos acolhidos pelos padres e um grupo de leigos Scalabrinianos. A pós a acolhida, tivemos uma reunião, onde o foco foi a questão dos haitianos que estão na cidade, sendo acompanhado pelos leigos, mesmo com a dificuldade da língua que ainda existe.  Lá tem um grupo de 50, haitianos (homens e mulheres) que trabalham há dois meses, num Frigorífico Dálias Alimento, esses imigrantes entraram pelo Acre. A empresa oferece moradia por 06 meses, num Hotel alugado. Com eles no Hotel, na presença dos leigos Scalabrinianos tivemos uma reunião de aproximadamente duas horas, na qual falamos sobre documentação, sobre nosso País Haiti, sobre integração, saudade, sobre fé, inclusive alguns católicos me perguntaram como fazer para participar na paróquia, e se preparar para certos sacramentos.
No dia 22, fomos para Paraí, lá só tem dois haitianos. Eles trabalham numa fabrica de móveis, eles foram contratados em Manaus,  as irmãs Scalabrinianas, os acompanham. Permanecemos com eles, um tempinho, e depois seguimos para a cidade Marau. Onde primeiro visitamos, um frei e padre Capuchino haitiano, que está há seis meses no Brasil, trabalhando no noviciado dos capuchinos, e vem acompanhando os haitianos, naquela cidade. Ele nos informou que além dele, têm três noviços haitianos no seminário que também os acompanham. Nesta cidade os haitianos trabalham, na empresa Metasa. Fizemos uma visita para eles no alojamento, que é  na própria empresa. Depois dessas visitas, logo em seguida, fomos para Passo Fundo. Dormimos em Passo Fundo na nossa residência e no dia seguinte Pe. João Cimadon e o Irmão Paulo, retornaram a Porto Alegre, e eu Gustot, retornei a Curitiba.
            Encontramos eles trabalhando com saúde, também com saudades dos familiares deles, e da nossa terra mãe, Haiti.

 Pe. Gustot Lucien, c.s

Fonte imagem:  http://www.restauranteforquetense.com.br e 

          Relato das visitas aos haitianos no Norte do Paraná,
                feitas pelo padre Gustot Lucien

Dando continuidade ao projeto de acompanhar os grupos de trabalhadores haitianos que estão no Estado do Paraná, parti de Curitiba para o Norte do Estado onde tem um número expressivo de migrantes haitianos, exercendo diversos tipos de trabalhos. Saí de Curitiba 28 de outubro por volta de 13:00 hs, de carro com destino a Londrina, chegando lá, posei na residência do Santuário Nossa Senhora Aparecida ( antiga missão Carlista). No mesmo dia à noite, fui convidado para assistir umas apresentações de um coral venezuelano e descendentes, na Igreja Rainha dos Apóstolos, que tem como pároco o padre José Alves, (palotino), ele também é assessor das pastorais sociais na Arquidiocese de Londrina.No dia 29, pela manhã, fui ao centro administrativo e Pastoral da Arquidiocese, onde encontrei com alguns agentes de pastorais e assistentes sociais que estão envolvidos diretamente com a realidade dos migrantes haitianos. Neste mesmo dia á tarde, visitamos um seminário onde tem um seminarista haitiano (Lucien Ceralis), ligado com o instituto São Tiago, conversamos sobre a realidade da migração haitiana  e ele se colocou a disposição para colaborar com a equipe pastoral de Londrina. Em seguida começamos a ter contatos com vários grupos de migrantes, empregadores e  empresas. Tivemos sempre boa receptividade nas empresas, muito mais ainda por parte dos haitianos. Nesse dia, concluímos as visitas em Cambé, conversando com o empregador de alguns haitianos. Vale ressaltar que neste dia a Senhora Márcia Ponce coordenadora da Pastoral do Migrante em Londrina, me acompanhou.
Na terça feira dia 30, fui a Arapongas, onde tem 18 haitianos trabalhando em supermercado, com os parentes do Padre Valdecir Molinari, cs. Naquele dia, quem me acompanhou para visitá-los, foi o Senhor Sebastião, tio do Pe. Valdecir. Na parte da tarde saí de Arapongas em direção a Rolandia onde tem um grupo de aproximadamente 30 haitianos, quase todos estão trabalhando em uma indústria de fraldas, fui primeiro na empresa, e na seqüência visitei o alojamento deles. Após está visita, retornei a Londrina para um descanso.

 Na quarta feira dia 31, tivemos em Londrina a reunião de avaliação da Pastoral do Migrante no Regional Sul II do ano 2012, e planejamento para 2013. Participaram Dom Laurindo como assessor episcopal  e  Cleonice Machado  representando a diocese de Foz do Iguaçu, Arquidiocese de Londrina esteve representada pelo assessor da Pastorais Sociais, Pe. José Alves, Márcia Ponce e demais participantes da região, a Arquidiocese de Curitiba estava representada por Lucia Bamberg, Elizete Santana,  e eu, Pe. Gustot Lucien. A diocese de Cascavel não pode participar nesse encontro, por estar com algumas dificuldades. O encontro aconteceu no Centro Pastoral e administrativo da Arquidiocese de Londrina, no inicio da reunião, Dom Orlando o Arcebispo de Londrina  nos deu palavras de boas vindas e incentivo. No fim deste encontro Lucia, Elizete e eu, partimos para Maringá, onde também por volta das 21:00 fomos visitar um grupo de meus compatriotas haitianos que trabalham na região metropolitana desta cidade (Paissandu),  no dia 01 de novembro, visitamos a empresa onde eles trabalham, na Carvoaria Arco Iris,   no fim de dia retornamos a Curitiba.

OBS: Encontramos todos bem, graças a Deus, com saúde, contentes trabalhando, mas com saudade de seus familiares.


Pe. Gustot Lucien, c.s

Fonte imagem: da internet

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


Haitianos no Brasil –   Grupo Cristo Rei  - RS

 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil vem promovendo a celebração anual da Semana do Migrante (17 a 24 de junho) , fomentando assim a acolhida aos migrantes que chegam para sua inserção na comunidade e acompanhando as famílias que partem, principalmente para o exterior.
Hoje, estamos recebendo um bom número de haitianos, nossos irmãos migrantes, que perderam casas, familiares, pertences e quase sua identidade após o terremoto de 2010 no Haiti onde morreram aos milhares ficando desabrigados, sem possibilidades de vida, e de trabalho. Mai de 6 mil já receberam o visto humanitário de permanência no Brasil. No Rio Grande do Sul já estão nas cidades: Bento Gonçalves, Porto Alegre, Gravataí, Marau, Caxias do Sul, Sarandi, Vale Real e Rio Grande.
A Assembléia Legislativa do Estado recebeu haitianos em audiência e projeta políticas públicas para facilitar adaptação “Propomos políticas públicas, como estudo da língua portuguesa, ingresso na universidade e a capacitação deles para poder trazer os familiares.” Deputado Mike Breier.
Em nossa realidade de Bento Gonçalves, empresários abrem suas portas, também pela falta de operários e de estabilidade dos mesmos nas diversas empresas.
É de nosso conhecimento que empresas como Concresul e Matitel Compensados Anatômicos juntas contam com um bom número de migrantes haitianos.
Conhecendo esta dolorosa realidade o Núcleo de Leigos Missionários Scalabrinianos, Bom Samaritano de Bento Gonçalves incorporou o espírito Scalabriniano: visitou a Empresa Matitel, dialogou com a empresária e com alguns haitianos de modo a ajudá-los a se inserirem nos diversos âmbitos da sociedade: entregamos doações como: cobertores, agasalhos e calçados, pois sabemos que aqui o inverso é rigoroso e de onde vieram não existe inverno.
Estamos no aguardo de um novo contato com a Empresa Concresul para podermos ver a realidade e ajudá-los em suas necessidades.
João Aristides
Conselheiro Geral - LMS
Coordenador - GCR


Fonte: LMS Informativo nº 19 - 2012


MOVIMENTO LMS PRESENTE NA ÁREA METROPOLITANA DE
PORTO ALEGRE – RS - BRASIL

Leigos Missionários Scalabrinianos da Região Metropolitana participamos da Pastoral dos Migrantes da Arquidiocese de Porto Alegre junto aos trabalhadores da construção do Estádio da Arena do Grêmio convite feito pela Direção da Construtora OAS da Bahia.
Os operários migrantes são provenientes de vários estados da Região Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil.

Estamos participando junto a estes migrantes:
Celebração do Natal (22/12/2011) e Páscoa (4/4/12) no local de trabalho. Com a participação de 2.300 trabalhadores e dirigentes da Construção. Durante a celebração do Natal houve uma encenação de Jesus. Foi um momento muito significativo que emocionou os presentes e foi entregue um cartão da mensagem natalina e na Páscoa foi entregue um crucifixo a cada trabalhador, simbolizando a identidade do cristão. Este símbolo representa a presença de Deus que continua naquele ambiente de trabalho e o desejo de que “todos tenham vida e a tenham em abundância” . A construtora nos forneceu o endereço dos alojamentos dos trabalhadores em diversos municípios da região e através da Pastoral dos Migrantes, estamos visitando os mesmos e as paróquias próximas dos alojamentos para que os acolham e se sintam valorizados e integração na comunidade. A Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil promove a 27 ª Semana do Migrante de 17 a 24 de junho, fomentando assim a acolhida aos migrantes que chegam para a sua inserção na comunidade. Como LMS queremos viver o chamado vocacional do Batismo no empenho missionário com os migrantes. Busquemos com empenho a mensagem do evangelho: “era migrante e me acolhestes” (Mt 25,35).
                                                                                                Miguel Volmar
                                                                           Coordenador do Núcleo Scalabrini de Alvorada

Fonte: LMS Informativo nº 19 - 2012




Atividades Realizadas pelos Leigos do Núcleo João Batista Scalabrini a partir de Setembro/2012 - Alvorada/RS

Os Leigos Missionários Scalabrinianos do Núcleo João Batista Scalabrini de Alvorada /RS, realizaram diversas atividades e encontros durante o ano de 2012, mas o que será descrito abaixo são participações dos Leigos Missionários em muitas atividades da Paróquia onde estão inseridos, do Vicariato da Arquidiocese de Porto Alegre, bem como participação em atividades externas, todas estas a partir de Setembro/2012, período este que ocorreu a IV Assembleia Geral dos LMS.

16/09 - Em 16 de Setembro/2012, reuniram-se todos os LMS do Núcleo João Batista Scalabrini, o Coordenador e a Irmã assessora, para mais um encontro de Leigos, encontro este, que ocorre uma vez por mês. Na ocasião foi apresentado, através de uma das Leigas que participou da IV Assembleia Geral, uma breve contextualização do que ocorreu nesta Assembleia em Piacenza/Itália, também foram mostradas imagens e fotos dos principais momentos vividos com tamanha intensidade por todos os Leigos, Irmãs e demais pessoas que estiveram presentes neste grande encontro.

22/09 - Leigos dos Núcleos João Batista Scalabrini e Bom Samaritano, juntamente com Irmãs assessoras participaram do 1º Seminário de Mobilidade Humana com o Tema: Tendências e desafios no Brasil e no RS. Tal evento ocorreu no dia 22 de Setembro/2012, no auditório do Palácio do Ministério Público.
11/10 – Participação dos Leigos na Abertura do Ano da Fé na Catedral Metropolitana de Porto Alegre/RS, lembrando os 50 anos do Concilio Vaticano II, onde este nos trouxe a luz para nossa Igreja.

12/10 – Leigos Missionários Scalabrinianos uniram-se em Fé na 19º Romaria de Nossa Senhora Aparecida em Alvorada/RS, onde na Santa Missa nos foi lembrado as palavras de Sua Santidade o Papa Bento XVI, que disse “Nossa Senhora esteve presente no cenáculo com os Apóstolos quando eles estavam esperando por Pentecostes. Que ela seja nossa mãe e guia. Que ela nos ensine a receber a palavra de Deus, a valorizá-la em nossos corações como ela fez com sua vida...

28/10 – Os LMS de Alvorada também estão inseridos no Serviço de Animação Vocacional da Paróquia, neste serviço temos além dos Jovens o Grupo de Coroinhas, onde o responsável por este grupo é um dos leigos. No dia 28 de Outubro ocorreu no Seminário de Gravataí/RS através da Arquidiocese e do Vicariato um grande encontro de Coroinhas envolvendo todas as paróquias da Diocese. Neste evento os leigos e a irmã assessora se sensibilizaram e participaram juntos do Encontrão, auxiliando em todas as atividades com as crianças.

03/11 - Os Jovens Missionários Scalabrinianos de Alvorada (JMS), juntamente com os Jovens Conhecendo Cristo (JOCC), estiveram presentes em um dos eventos realizados pelo Vicariato de Gravataí/RS no dia 03 de novembro/2012, momento de muita Fé na Celebração de acolhida da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora. Também participaram neste encontro os Leigos Missionários Scalabrinianos e a Irmã assessora, todos bastante envolvidos e com o mesmo olhar da Igreja voltados para a juventude.

10/11 – Mais um grande encontro envolvendo os Jovens Missionários Scalabrinianos e o Grupo de Jovens Conhecendo Cristo, desta vez o evento foi regional e se deu na Cidade de Santa Maria/RS. Tais encontros ocorreram em preparação a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá dos dias 23 de Junho à 31 de Junho de 2013 no Estado do Rio de Janeiro. Participaram juntamente com os jovens e com os leigos, um número expressivo de Irmãs Scalabrinianas e postulantes.

18/11 – Realizado a ultima reunião do ano de 2012, neste encontro houve trocas sobre a experiência missionária de cada um, bem como uma avaliação por escrito sobre o Núcleo e o papel dos leigos dentro do Carisma Scalabriniano, onde através de perguntas já elaboradas pela Irmã assessora, foi solicitado que cada leigo respondesse de forma bem objetiva tais questões. Também tivemos neste encontro a presença de 04 novos integrantes ao Núcleo. Por fim houve o encerramento com uma pequena confraternização dos presentes e o agendamento da data para o Encontro dos Núcleos do Grupo Cristo Rei que ocorrerá no dia 23 de Fevereiro de 2013 em Canoas/RS no Centro Madre Assunta.

27/11 – Os LMS do Núcleo de Alvorada participaram no Encontro entre as Pastorais Vocacionais do Vicariato de Gravataí/RS juntamente com os Seminaristas do Seminário de Viamão/RS, onde durante a Celebração da Santa Missa ocorreu a instalação do COMISE – Comissão Missionária de Seminaristas.

08/12 – Presença dos LMS na Ordenação Presbiterial do Diácono Maico Pezzi dos Santos, prestigiando todo o seu trabalho e dedicação, seu testemunho é pautado na verdade, na transparência e na alegria que o Senhor lhe dá desde o momento que dispôs a segui-lo. “Optar por Jesus Cristo não foi uma tarefa fácil ontem, e não é hoje. Exige que rompamos com velhos costumes, com velhas crenças, com nosso jeitinho de fazer as coisas. É necessário um caminho de discernimento, de um encontro pessoal e autêntico com Jesus, que nos aponta o caminho e nos ensina como o seguir sem exceções.”

10/12 – Reuniram-se no Centro de Referência da Assistência Social do município de Alvorada - CRAS, os técnicos do referido Centro juntamente com um LMS, no qual também é referência no município em relação a assistência social. Neste encontro foi explicitado sobre o Movimento dos LMS, sobre a missão das Irmãs MSCS, e do Carisma Scalabriniano que caracteriza-se no serviço ao migrante. Sendo Alvorada uma cidade considerada migratória, com uma população de 211.276 habitantes, destes a maioria são migrantes de outros municípios e/ou estados, é um município com o maior índice de vulnerabilidade social, famílias extremamente miseráveis sem renda alguma. Estas famílias quando chegam ao município procuram o CRAS que é a porta de entrada para possíveis encaminhamentos, isto quando conseguem algum tipo de encaminhamento.
Sendo o nosso Carisma “serviço ao migrante, pobres e necessitados”, pensou-se então em uma parceria juntamente com o CRAS, no sentido de repassar para o Núcleo dos LMS quem são as famílias que migram para o município e que se encontram em vulnerabilidade social, informando nomes, endereços e um breve relato do contexto que envolve tais famílias. Pois a partir destas informações, os LMS se reunirão, irão fazer uma visita a estas famílias, após organizarão um plano de ação a fim de viabilizar a melhor forma de auxiliar estas pessoas dentro de suas necessidades.
Ficou acordado com a equipe do referido Centro que tal parceria se dará a partir de Fevereiro/2013, bem como será realizado reuniões sistemáticas a fim de repassarem novas informações para os leigos, pois os técnicos permanecerão acompanhando as famílias no intuito de verificar se as mesmas evoluíram ou não.
Marlene Dietrich da Silva
Leiga Missionária Scalabriniana


Fonte: LMS Informativo nº 19 - 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012


                              Coletivo de Formação na Paraíba

A cidade de João Pessoa sediou entre os dias 04 e 06 de dezembro o Coletivo de Formação do Serviço Pastoral dos Migrantes SPM chamado “Coletivo dos 30”, no qual 30 agentes de pastoral, vindos das várias regiões do país, encontraram-se na capital paraibana para estudarem e aprofundarem seus conhecimentos sobre o processo migratório.

Os três dias formação foram bem intensos para todos os participantes, a cada dia foi aprofundado uma temática central que tiveram como base os textos: “Grandes Causas Hoje: Bem viver, bem conviver” de autoria do Pe.Alfredo Gonçalves, “A migração internacional de jovens rurais do Vale do Jequitinhonha e a (des)reestruturação do seu lugar de origem” escrito por José Carlos Alves Pereira e “Más Allá del Desarollo” de autoria do Grupo Permanente de Trabajo sobre Alternativas al Desrollo, textos que foram debatidos em atividades de grupo e na plenária.

Ousadia Nordestina
 
Durante o processo de avaliação do coletivo de Formação uma das características positivas do encontro foi a ousadia da equipe do SPM na realização do coletivo fora do estado de São Paulo, sede do SPM Nacional, o que fez com que todos conhecerem o trabalho realizado na Paraíba. Um ponto importante do Coletivo foi a visita de campo que foi realizada a Comunidade Quilombola “Pedra D´agua” no município de Ingá onde o SPM trabalha com o Programa Um Milhão de Cisternas na construção de cisternas para captação da água da chuva para consumo humano; a experiência foi rica e engrandecedora para todos os participantes que puderam ver na prática o trabalho de combate a Migração Forçada realizado pelos agentes pastorais paraibanos.
 

Troca de Saberes

O “Coletivo dos 30” faz parte do ciclo de capacitação dos agentes pastorais do SPM em nível federal que tem como objetivo formar as lideranças regionais para atuarem junto ao dinâmico processo migratório que a realidade nos apresenta e a realização do encontro só foi possível graças a experiência que cada pessoa partilhou e aprimorou com cada agente pastoral.


Fonte: http://spmnordeste.blogspot.com.br
 

HAITIANOS TROCAM O NORTE PELO SUL DO BRASIL 

Visto de entrada e vagas na construção civil provocam migração de refugiados, segundo presidente do Conselho Nacional de Imigração, Paulo Sérgio de Almeida. Existem no Brasil hoje aproximadamente 5 mil haitianos. Parte desse contingente de imigrantes foi regularizado no país depois de entrar ilegalmente pelas fronteiras com a Bolívia ou com o Peru. Cerca de 800 obtiveram, entre janeiro e setembro passados, visto por cinco anos emitidos na capital haitiana, Porto Príncipe, dentro de uma política do governo brasileiro firmada em janeiro deste ano para tentar frear a entrada por via terrestre. Pela Resolução 97, do Conselho Nacional do Imigrante (CNIg), foi prevista a concessão de 1.200 vistos e mais 1.200 até janeiro de 2014, por questões humanitárias depois das implicações do terremoto de janeiro de 2010 que devastou o país e agravou a condição de pobreza já enfrentada pela população do país mais pobre das Américas. Embora haja cerca de 200 pessoas vivendo em más condições na cidade acreana de Brasileia, à espera de trabalho e de um destino melhor, mais de 3 mil foram contratados desde outubro de 2011 por empresas brasileiras das mais diversas localidades. Os trabalhadores haitianos são muito bem avaliados pelo presidente CNIg, órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e coordenador-geral de Imigração, Paulo Sérgio de Almeida. “São pessoas que estão chegando ao Brasil e têm a maior disposição para o trabalho. Precisam mandar dinheiro para a família”, afirma. Nesta entrevista Almeida relata o processo de imigração dos haitianos no Brasil: Em que condições vivem os haitianos no país? O CNIg tem tido atenção especial com os haitianos. Procuramos ver como está o processo de chegada e o estabelecimento deles no Brasil, e também a questão do emprego, para ter certeza de que as pessoas estão inseridas principalmente no mercado de trabalho. Qual o histórico da migração desse povo para o Brasil? Até janeiro deste ano houve uma grande chegada de haitianos pela via terrestre, principalmente pelo Acre e Amazonas. Em janeiro, houve o estabelecimento de uma política específica – a expedição de vistos humanitários especiais emitidos em Porto Príncipe – para que eles pudessem vir direto para as cidades que escolhessem para viver. Num primeiro momento, os haitianos que chegaram pelo Acre saíram em direção a outros estados devido ao fato de este ser um estado com mais conexão com o Brasil, e por ser um estado pequeno, então não dava para ficar lá. Os que chegaram pelo Amazonas entraram pela tríplice fronteira Brasil/Peru/Colômbia, pela cidade de Tabatinga. Dali há grande dificuldade de deslocamento. A cidade está a mais de mil quilômetros de Manaus, por via aquática ou aérea. A ligação principal é com Manaus, e lá também as conexões com outros centros urbanos é complicada porque não há ligação rodoviária, somente aérea ou por barco até Belém, e de Belém, aí sim, tem ligação rodoviária. Logo que chegaram ao país os haitianos começaram a ser procurados pelas empresas? As empresas da construção civil – principal atividade econômica de haitianos empregados no Brasil – e alguns setores industriais, como o dos frigoríficos, começaram a recrutar os haitianos no Acre, e quando não havia mais trabalhadores lá, passaram a recrutar em Manaus. Os dois estados com mais haitianos são Manaus e Paraná – mas eles também estão em grande número no Rio Grande do Sul. Houve grande mobilidade de pessoas da região Norte para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rondônia, onde há grande movimento na construção civil – usinas e grandes obras de infraestrutura. Os haitianos que entram no Brasil com visto emitido em Porto Príncipe tomam que destino? Os que chegam com visto de Porto Príncipe, que já são pouco mais de 800, têm priorizado São Paulo, Minas, Rio e a região Sul. A imigração haitiana está concentrada no Norte – Amazonas e Rondônia, e depois no Sul e Sudeste do país. A região Centro-Oeste tem pouco e no Nordeste há muito pouco. A política é de concessão de visto em Porto Príncipe, mas há uma rota migratória estabelecida pela fronteira Norte, e quando houve a edição da norma que permitiu a concessão dos vistos na capital, esse fluxo não estancou de imediato, pois alguns já haviam saído do Haiti e seguiam ao Brasil. Alguns já tinham chegado ao Peru ou ao Equador. Tivemos de adotar medidas para o processo de transição entre uma imigração pela fronteira e outra pela concessão de visto. A entrada terrestre tem riscos – travessia longa, região pouco habitada, criminalidade. Não é algo seguro estimular migração nessas condições. Nossa opção foi manter a porta do país aberta, mas vamos garantir visto direto no Haiti. A migração via terrestre tem diminuído ao longo do tempo. No início havia muita gente, mas isso foi reduzindo e hoje é residual. O governo do Acre disse que teme pelas condições de vida dessas pessoas… O fluxo não estancou de imediato, tem reduzido. Os haitianos entravam pelo fronteira do Equador com o Peru e chegavam à cidade peruana Inhanpare, que faz fronteira com Assis Brasil, no Acre. Ali houve reforço na fiscalização, e como a política estabelecida foi a concessão de visto em Porto Príncipe, os haitianos que chegaram na região não conseguiam entrar no Brasil. Esses pequenos grupos que ainda fluíam foram se acumulando do lado peruano da fronteira. Na verdade, eles acabam sendo responsabilidade do Peru. E o que se passou com os que ficaram no Peru? Ocorreu uma mudança na rota. Como as pessoas não podiam ficar no Peru, ingressaram na Bolívia. Daí contornaram a fronteira brasileira buscando ingressar por outro ponto da fronteira pela cidade boliviana de Cobija, que do lado brasileiro é a cidade de Epitaciolândia, geminada com Brasileia. Então, eles entraram no Brasil e ficaram em Brasileia. Foi então que o país decidiu tomar medidas para regularizá-los? Sim, essa situação provocou a tomada de decisão. Essas pessoas deveriam ter documentos provisórios porque ficariam em uma situação complicada se ficassem retidas na cidade, que é pequena. O próprio governo do Acre ficou pressionado com os gastos com ajuda humanitária. A decisão do CNIg foi de dar os documentos provisórios, com isso elas podiam retirar carteira de trabalho provisória e deixar a cidade de Brasileia, até que uma decisão final viesse a ser tomada pelo CNIg. E a decisão de regularizar os haitianos que entram pela fronteira não pode incentivar mais entrada sem visto? Acho que não porque os governos equatoriano, peruano e o brasileiro têm tomado cada vez mais ações para desestimular a imigração via fronteira terrestre. Os pequenos grupos que chegaram desde janeiro, depois da resolução do visto são um grupo de transição. Não temos elementos para afirmar que a política até aqui adotada tenha estimulado mais entrada pela fronteira. As cerca de 200 pessoas que estão em Brasileia circulam pela região há uns cinco meses. Não sabemos o que se passou com cada uma delas. Elas atravessam a fronteira, mas ao entrar no Brasil, o CNIg – que envolve vários ministérios – e organizações civis avaliaram que se não fossem regularizados para que pudessem circular, o prejuízo para eles próprios seria muito grande. Daí a adoção desta medida. Houve situações isoladas durante o ano? De janeiro para cá quantas pessoas entraram e estão no país? Talvez haja umas 500 pessoas, além das 800 que entraram no país com visto concedido em Porto Príncipe. Dessas 500, a imensa maioria já havia sido do Haiti quando criamos o regime específico. Àquela altura elas estavam no meio da viagem. O CNIg teve sensibilidade para adotar uma saída, uma transitoriedade na regra. Os que saem de Porto Príncipe têm ajuda para entrar no Brasil? Não, é cada um por si. Não há ajuda do governo brasileiro. Há um conjunto de informações na Embaixada, sobre como funciona o sistema brasileiro de documentação, de buscar emprego. Existe uma rede aqui no Brasil para ajudar os haitianos que chegam de Porto Príncipe? Além dos órgãos públicos, temos algumas entidades que ajudam na questão do emprego. Elas estão habilitadas a orientar melhor essas pessoas no Brasil. Tem uma lista dessas entidades disponível na Embaixada do Brasil em Porto Príncipe. Eles podem recorrer a essas entidades, geralmente ligadas a igrejas, com militância em direitos humanos, que servem como espécie de mediadoras. Não são muitas, mas estão em todas as cidades com maior presença de haitianos. O que leva uma empresa a procurar um trabalhador haitiano? Existem duas questões. Em algumas cidades há dificuldade em conseguir mão de obra brasileira. No interior dos estados, cidades com grandes obras, empreendimentos de maior porte, há dificuldade de conseguir trabalhadores. A outra questão é que o trabalho deles é bem avaliado. São considerados ordeiros, dedicados, e aprendem facilmente o serviço. São pessoas que estão chegando ao Brasil e têm a maior disposição. Precisam mandar dinheiro para a família. Têm vontade de vencer, e isso tudo tem feito os empresários os avaliarem de forma positiva. A propaganda tem sido boca a boca. Uma empresa comenta com a outra. Muitas vezes as empresas saem do Sul do país para buscar trabalhador haitiano no Norte. Não seria para pagar salários mais baixos do que os pagos a brasileiros? Nossas superintendências acompanham o processo e uma das condições para a contratação é que os haitianos já saiam de carteira assinada em condições regidas pela legislação brasileira. O Ministério do Trabalho já tem levantamento de contratações de haitianos? Esse dado é difícil. A Rais (Relação Anual de Informações Sociais) relata o ano anterior, e a maior parte deles chegou a partir de dezembro de 2011. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) não diferencia nacionalidade. Temos de tentar buscar de cada haitiano o número do PIS e identificar se ele está empregado. A dificuldade é levantar o numero do PIS de todos eles. Em grande parte das localidades o sistema está informatizado. Mas ainda há cidades onde a emissão de carteira de trabalho não está integrada na base de dados. São mais de 3 mil haitianos com vínculo formal de emprego. Aí não entram aqueles que se estabeleceram como microempreendedores. Não está a informação de quem veio com família, nas quais só um trabalha. Se formos comparar o índice de formalidade dos haitianos com o dos brasileiros é igual: pouco mais de 60%. A Resolução 97 do CNIg previu 1.200 vistos para 2012 e vai se repetir ano a ano? Não, é uma medida para dois anos – de janeiro de 2012 a janeiro de 2013 e depois, de janeiro de 2013 a janeiro de 2014. São 1.200 por ano, totalizando 2.400 pessoas em dois anos, podendo ser prorrogada. No Ministério do Trabalho estamos com a fiscalização atenta às questões dos haitianos. Isso é uma prioridade, mas houve pouquíssimas situações de denúncias em relação a trabalho. Apenas no Rio Grande do Sul, dois haitianos foram encontrados sem documentos, mas a coisa foi rapidamente solucionada. Essa resolução atingiu o objetivo? Tínhamos um quadro de muitos haitianos entrando no país pela fronteira terrestre, cerca de mil pessoas, um fluxo grande em Brasileia e mais mil em Tabatinga, no Amazonas, com fluxo crescente. Hoje temos vistos sendo concedidos com volume adequado. A demanda tem se apresentado e há ainda algum fluxo terrestre residual, cada vez menor pela fronteira terrestre. Então, avaliamos a medida como eficaz. Desincentivou a imigração via terrestre. Quantos haitianos há no Brasil? A gente calcula que tenham chegado no país 5 mil a partir de outubro de 2011. Nunca tivemos muitos haitianos, havia mais estudantes. As pessoas vinham estudar depois voltavam. O Haiti é um país com grande pobreza e tem necessidade de capacitação profissional. O ano zero do Haiti no Brasil foi em 2011, a partir do terremoto em janeiro de 2010 a coisa começa e vai aumentado até ficar forte em outubro de 2011. O CNIg conhece a demanda de vistos em Porto Príncipe? No início foi baixa, mas a partir de junho passado começou a crescer. Houve um momento até julho, agosto, bem grande, mas houve uma estabilização. Até porque para um haitiano vir precisa ter recurso, ter a passagem. Não é muito fácil. Não são muitos que podem. Isso pode levar a pensar que os que vieram são os que viviam em melhores condições no Haiti? A gente vê alguns com nível de escolarização alto, que têm formação. De alguma maneira, conseguiram juntar dinheiro, ou a pessoa individualmente ou a própria família. A maioria das pessoas tem nível de escolaridade de médio incompleto, médio completo, fundamental completo – cerca de 60% da migração haitiana. Superior completo e incompleto são 10%. Fundamental incompleto é grande também. Se levar em consideração que a população brasileira que tem nível superior é de 17%, para eles 10% não é um número tão baixo. Você vê professores, pessoas que falam vários idiomas. Há uma variedade muito grande de qualificações, mas em geral são pessoas que juntaram dinheiro para custear a viagem ao Brasil. O sr. acredita que eles pensam em voltar para o Haiti? Os movimentos migratórios são complicados. O Haiti é um país de grande pobreza, o mais pobre das Américas. É uma situação que não se reverte em curto prazo. Foi agravada pelo terremoto e todo o histórico de catástrofes naturais, furacões. Teve recentemente problemas de cólera e outras doenças, e a própria instabilidade política – parece que tá mais estabilizada – são fatores que levaram o Haiti a ser um país de grande emigração, há muita gente vivendo no exterior, seja nos Estados Unidos, República Dominicana, Guiana Francesa e outros países caribenhos. Acho que mesmo esses haitianos que deixaram as famílias, muito provavelmente optem por trazer as famílias para o Brasil por todo esse histórico. Mas entram outros fatores imponderáveis, como a adaptação ao país, o modo de vida. Vai depender muito do sucesso deles no mercado brasileiro. Depende se continuarmos nesse processo de crescimento criando oportunidades. Há muitas variáveis que vão influenciar, mas a tendência é de eles ficarem. Por isso, os vistos são de longa duração. Depois de cinco anos eles têm de comprovar situação laboral. Algum setor da sociedade questionou a entrada dos haitianos preocupado com reserva de mercado? No CNIg, onde as centrais sindicais estão presentes, há um consenso de ter atitude humanitária, de solidariedade. Ainda que sejam 5 mil trabalhadores ou um pouco mais, não é um número elevado se compararmos com grandes cidades brasileiras. É um número baixo, mas tem apelo humanitário grande porque eles saíram de um país devastado. Por mais que não sejam aqueles que perderam tudo, os que viviam nas tendas, são aqueles que vão conseguir sustentar a família, que eles podem trazer, porque é um direito consagrado na nossa Constituição. Evelyn Pedrozo (Rede Brasil Atual – 25/11/2012)

Fonte: http://haitianosbrasil.blogspot.com.br/

Ministério lança cartilha para haitianos

Publicada em: 20/12/2012 - 17:17
Os haitianos que passaram a morar no Brasil terão acesso a uma cartilha do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para conseguir trabalho. O Guia de Informações sobre Trabalho aos Haitianos, organizado de acordo com perguntas e respostas sobre temas específicos, está publicado tanto em português quanto em crioulo haitiano na página do Ministério do Trabalho na internet.
Estão disponíveis orientações sobre direitos trabalhistas, Carteira de Trabalho, assinatura e rescisão de contratos de trabalho e de experiência, aviso prévio, sindicalização, entre outros temas. Dúvidas podem ser esclarecidas pelos e-mails: conselho.imigracao@mte.gov.br e imdh@migrante.org.br.
Os haitianos que devem seguir as orientações são os que têm permissão para ficar no Brasil por meio de concessão de refúgio e os que obtiveram visto de residência permanente na embaixada brasileira em Porto Príncipe, capital do Haiti.
Agência Brasil


Fonte: http://www.onacional.com.br

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012




Em depoimento para novela, gaúcho procura a mãe que nunca conheceu


Ron deixou recado durante Salve Jorge na última terça-feira

Ron nasceu em Pelotas e procura a mãe brasileira (Foto: Reprodução/ RBS TV)Ron nasceu em Pelotas e procura a mãe brasileira (Foto: Reprodução/ RBS TV)
Durante a novela das nove Salve Jorge, que foi ao ar na última terça-feira (18) na RBS TV, um gaúcho que mora na Turquia deixou um depoimento emocionante para a mãe que nunca conheceu. Ron nasceu em Pelotas em 1986, mas nunca conheceu a família brasileira. Atualmente, mora no país europeu e mal sabe falar português. A cena foi veiculada quando Berna (Zezé Polessa) implicava com o novo estilo da filha adotiva Aisha (Dani Moreno).
Confira o depoimento de Ron:
"Os meus amigos estão aqui, minha família está aqui, mas vai fazer uma diferença no coração. Estou dividido e é estranho. Nunca estive no Brasil e não sei falar português. Mas me sinto um pouco brasileiro, gosto de ouvir música em português, ver filmes brasileiros, e quando a Seleção joga eu torço para que o Brasil ganhe. Eu vivo dividido em dois mundos.
Querida Maria Lemos, talvez você não lembre de mim, mas no momento do meu nascimento certamente você lembra. Meu nome é Ron, eu nasci em Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 1º de setembro de 1986. Quero te dar um abraço, conhecer você. Você tem um filho. Espero um dia encontrar você".
Fonte: http://redeglobo.globo.com/rs/rbstvrs/

Sem trabalho, haitianos dependem de ajuda para comer em Igrejinha

Os trabalhadores saíram do curtume onde estavam e não têm como se manter

 
 
Sem trabalho, haitianos dependem de ajuda para comer em Igrejinha Miro de Souza/Agencia RBS
Haitianos ainda estão morando no alojamento da empresa Foto: Miro de Souza / Agencia RBS
O que seria um conflito entre empregador e trabalhadores se transformou em uma polêmica em Igrejinha, no Vale do Paranhana, por envolver nove haitianos. Desde a última quinta-feira eles não estão mais trabalhando em um curtume da cidade. Nesses dias afirmam que não têm dinheiro sequer para comer.

A situação envolvendo os trabalhadores estrangeiros chegou ao Governo do Estado e na Assembleia Legislativa. Nesta quarta-feira uma comissão deverá ir até a cidade na tentativa de mediar o conflito, e resolver o problema. O caso também tem repercutido entre os moradores do município.

Contratado no início de novembro, o grupo integrava um contingente de 44 haitianos que trabalha no curtume Agro Latina. Os funcionários estrangeiros recebem, em média, R$ 900 por mês, além de alojamento e, nos primeiros 30 dias, toda a alimentação. Passado o primeiro mês, a empresa passará a cobrar R$ 0,50 por refeição.

O desentendimento entre a empresa e os nove haitianos começou no momento do primeiro pagamento. Discordando de descontos na folha, ainda na semana passada, os trabalhadores chegaram a procurar o Ministério Público (MP) denunciando ser submetidos a trabalho escravo.

— Eles estão descontando R$ 250 de cada haitiano, que seriam custos do transporte para cá. Mas isso não estava no acordo, por isso não aceitamos — afirma Michelet Clervoyant, 33 anos.

Dois dos haitianos foram embora para Curitiba nesta segunda-feira. Os demais seguem morando no alojamento da empresa, e estão recebendo ajuda do Sindicato dos trabalhadores na Indústrias de Calçados e Vestuário de Igrejinha. Os haitianos pretendem se estabelecer em outra cidade.

— Temos família para ajudar no Haiti. Se querem nos mandar embora, que paguem os 60 dias que ainda teríamos pelo contrato inicial — ressalta Petit Jean Louis, 30 anos.

O que diz a empresa A empresa por afirma que não demitiu nenhum dos nove haitianos. A Agro Latina diz que deu aos funcionários estrangeiros privilégios que não dá aos seus colaboradores locais. O grupo, de acordo com o diretor da empresa, Renato Argenta, recebeu alojamento, comida no refeitório do curtume, e adiantamentos de salários.

— Fizemos campanha para arrecadar roupas e produtos de higiene, porque eles não tinham nada. Tudo o que foi descontado foi previamente acordado com todos eles, tanto que outros 35 haitianos seguem trabalhando e estão dando um bom resultado — reforça Argenta.


Auditorias não apontaram irregularidades trabalhistas
Acionado pelo Ministério Público de Igrejinha, o Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu um inquérito para analisar a situação dos trabalhadores haitianos. Segundo a procuradora do trabalho de Novo Hamburgo, Juliana Bortoncello Ferreira, uma auditoria realizada na empresa na última sexta-feira não apontou irregularidades trabalhistas.

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa também acompanha o caso. De acordo com o coordenador da comissão, Juliano Müller de Oliveira, o problema foi de adaptação, especialmente pelas dificuldades de comunicação.

— Não houve nenhum abuso de direitos por parte da empresa. Estamos acompanhando a situação para ajudar esses trabalhadores e resolver a situação — diz.

Fonte: http://haitianosbrasil.blogspot.com.br

MP investiga caso dos haitianos demitidos em Igrejinha, RS

Estrangeiros reclamam que estão sendo submetidos a trabalho escravo.
Nenhuma irregularidade na empresa foi encontrada em auditoria do MPT.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito para investigar o caso de um grupo de haitianos, que diz ter sido demitido de uma empresa de Igrejinha, no Vale do Paranhana, no Rio Grande do Sul. Eles reclamam das más condições de trabalho. Uma auditoria do MPT na empresa não encontrou nenhuma irregularidade, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).
Quarenta e quatro haitianos chegaram à cidade de Igrejinha no início de novembro para trabalhar em um curtume. Ganharam emprego, alojamento e alimentação. No entanto, nove deles procuraram o Ministério Público para denunciar que estavam sendo submetidos a trabalho escravo. Um casal, que foi embora nesta terça-feira (11) para Curitiba, alega não ter recebido pelo período trabalhado.
Haitianos reclamam de trabalho escravo em curtume na cidade de Igrejinha (Foto: Alexandre dos Santos/RBS TV)Haitianos reclamam de trabalho escravo em curtume
em Igrejinha (Foto: Alexandre dos Santos/RBS TV)
"Não tenho dinheiro nenhum. Tudo o que tinha comprei coisas para a minha esposa, grávida. Estou indo ver o que consigo em Curitiba, onde tenho um primo", disse o haitiano Mirielle Thelemaque.
O diretor da empresa afirma que não demitiu nenhum dos haitianos. O grupo é que teria pedido demissão, por dificuldades de se adaptar às regras da empresa.
"Este grupo não se adaptou. Achou que em outros lugares teria melhores oportunidades de trabalho. Cabe a eles decidir se querem continuar ou não. Nove optaram por pedir demissão", disse Renato Argenta, diretor da empresa.
Representantes de cinco entidades ligadas às áreas de direitos humanos e assistência social estarão em Igrejinha na quarta-feira (12). Eles vão inspecionar os contratos de trabalho, alojamentos e também a empresa para saber se houve alguma irregularidade e, a partir daí, dar um novo destino ao grupo de haitianos.

Fonte: http://haitianosbrasil.blogspot.com.br

Haitianos demitidos em Igrejinha, RS, vão receber alojamento e alimentação

Acordo foi firmado com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

Outra empresa já demonstrou interesse em contratar grupo de imigrantes.

Haitianos reclamam de trabalho escravo em curtume na cidade de Igrejinha (Foto: Alexandre dos Santos/RBS TV)Haitianos reclamam de trabalho escravo em curtume de Igrejinha (Foto: Alexandre dos Santos/RBS TV)
Os imigrantes haitianos que denunciaram más condições de trabalho em uma empresa de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, vão receber alojamento e alimentação até a rescisão dos contratos. O acordo foi firmado com representantes da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos nesta quarta-feira (12). Uma outra empresa já teria demonstrado interesse em contratar o grupo, conforme mostra a reportagem do RBS Notícias.
No início de novembro, 44 haitianos foram contratados para trabalhar em um curtume no Vale do Paranhana. Nove deles procuraram o Ministério Público para denunciar que estavam sendo submetidos a trabalho escravo. O grupo também alega que foi demitido sem receber o que deveria. A direção da empresa nega e diz que os haitianos é que pediram demissão. O Ministério Público do Trabalho abriu inquérito para investigar o caso. Uma auditoria feita na empresa não encontrou irregularidades.

Fonte: http://haitianosbrasil.blogspot.com.br/