Relatos das visitas do Pe. Gustot
Lucien
aos imigrantes haitianos no RS
No dia 17 do mês
de novembro as 7:30, viajei de ônibus, com destino Caxias do Sul. Fui acolhido
por uma família dona do restaurante Forquetense, onde tem um grupo de 04 haitianos trabalhando. No mesmo dia à
noite fui visitar outro grupo de haitianos numa outra região chamada Parada Cristal,
no seu alojamento. Eles trabalham numa empresa chamada Vinhedo Papeis. Nesse
grupo um havia acabado de sofrer um acidente no trabalho, e esta com os dois
braços quebrados. No domingo das 16
a 18 horas, tive uma reunião com um grupo de aproximadamente
25 haitianos, que estão sendo acompanhados pelas Irmã Carlitas. Esta reunião
aconteceu no salão da paróquia São Pelegrino, encerrei o dia de trabalho, concelebrando
na missa das 19:45 como o Pároco, onde aproveitei a homilia para explicar o
motivo da minha visita na cidade, recebi uma acolhida calorosa, na paróquia,
após a missa atendi algumas confissões.
Na segunda feira
de manhã dia 20 de novembro, me reuni com os haitianos que trabalham no restaurante
Forquetense, as 7:30 da manhã. Na
seqüência fui à empresa vinhedo papeis para me encontrar com a gerente da
empresa e outros funcionários. Depois do almoço, fui para Porto Alegre. Lá posei na nossa Igreja da Pompéia que
pertence a provincia São Pedro, fui muito bem acolhido pelos Padres Lauro e
João Marco Cimadon.
No dia 20, Pe. Jão
Cimadon, Irmão Paulo Welter, s.j (inclusive este colaborou por alguns meses em
Manaus com a nossa missão) e eu, partimos de Porto Alegre para uma turnê
missionária, visitas aos haitianos. Partimos em direção as cidades de Lageados,
Estrela, Encantado, Parai, Marau e Passo Fundo. Como sempre nossa intenção foi
de escutar, os haitianos, seus empresários, conhecer suas moradias, incentivar
a pratica religiosa, e orientar, em certas situações.
A nossa primeira visita
foi em Lageados na construtora Zagonel, na linha da construção civil. Fomos
acolhidos pelo Senhor José Zagonel, diretor da empresa no seu escritório. Acolheu-nos
bem e nos falou, sobre a maneira que vem acontecendo a integração dos meninos
na empresa, na moradia, no trabalho e o acompanhamento da documentação deles.
Ele diz que está muito satisfeito. Na seqüência, ele nos convidou para visitar
as duas obras onde eles trabalham. Reunimos-nos com eles, evidentemente por
causa da língua, falo mais com eles que meus colegas que estavam comigo.
A
segunda visita aconteceu na Empresa pré-tubo, ela é situada na beira da BR 386,
na cidade Estrela, lá tem 12 haitianos trabalhando, nos acolheram bem também,
passamos certas horas com eles, orientando sobre certas situações. No fim do
dia seguimos para cidade de Encantado, e por volta da 5:30 chegamos na nossa
paróquia( São Pedro) Fomos acolhidos pelos padres e um grupo de leigos
Scalabrinianos. A pós a acolhida, tivemos uma reunião, onde o foco foi a
questão dos haitianos que estão na cidade, sendo acompanhado pelos leigos,
mesmo com a dificuldade da língua que ainda existe. Lá tem um grupo de 50, haitianos (homens e
mulheres) que trabalham há dois meses, num Frigorífico Dálias Alimento, esses
imigrantes entraram pelo Acre. A empresa oferece moradia por 06 meses, num
Hotel alugado. Com eles no Hotel, na presença dos leigos Scalabrinianos tivemos
uma reunião de aproximadamente duas horas, na qual falamos sobre documentação,
sobre nosso País Haiti, sobre integração, saudade, sobre fé, inclusive alguns
católicos me perguntaram como fazer para participar na paróquia, e se preparar
para certos sacramentos.
No dia 22, fomos
para Paraí, lá só tem dois haitianos. Eles trabalham numa fabrica de móveis, eles
foram contratados em Manaus, as irmãs
Scalabrinianas, os acompanham. Permanecemos com eles, um tempinho, e depois
seguimos para a cidade Marau. Onde primeiro visitamos, um frei e padre
Capuchino haitiano, que está há seis meses no Brasil, trabalhando no noviciado
dos capuchinos, e vem acompanhando os haitianos, naquela cidade. Ele nos
informou que além dele, têm três noviços haitianos no seminário que também os acompanham.
Nesta cidade os haitianos trabalham, na empresa Metasa. Fizemos uma visita para
eles no alojamento, que é na própria
empresa. Depois dessas visitas, logo em seguida, fomos para Passo Fundo.
Dormimos em Passo Fundo
na nossa residência e no dia seguinte Pe. João Cimadon e o Irmão Paulo,
retornaram a Porto Alegre, e eu Gustot, retornei a Curitiba.
Encontramos eles trabalhando com saúde,
também com saudades dos familiares deles, e da nossa terra mãe, Haiti.
Fonte imagem: http://www.restauranteforquetense.com.br e
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