Vice governador parabeniza restauração da Igreja de São Pedro – Umbará em Curitiba - Paraná
Vejam carta dirigida ao Pe. Miguel Longhi, pároco da Igreja São Pedro e abaixo matéria feita por Rodrigo Wolff Apolloni, jornalista e colunista da “Gazeta do Povo”, de Curitiba
Todos os passos de uma restauração
Com o apoio da comunidade, pároco restaura igreja histórica em Curitiba
Por Rodrigo Wolff Apolloni (*)

Essa percepção, aliás, foi o que o moveu a propor, obter fundos e realizar a obra, processo que começou em dezembro de 2009 e foi concretizado nos dois últimos anos. A obtenção dos mais de R$ 300 mil necessários à restauração foi possível graças à comunidade, que atendeu à convocação oficial, fez doações e participou de eventos realizados pela paróquia. O projeto, vale salientar, não teve a participação do poder público, o que mostra que o antigo espírito imigrante, de generosidade e apoio mútuo, permanece vivo.
“As obras na Igreja de São Pedro possuem uma dupla perspectiva, de ação social e missionária. Ao restaurar esse patrimônio notável, procuramos realçar a dignidade, elevação e espiritualidade necessários a uma igreja”, destaca o pároco. “Mais do que isso, porém, a obra simboliza, em certa medida, o trabalho pastoral realizado junto à nossa paróquia, que abrange três bairros e uma população que, nos próximos dois anos, deve chegar a 85 mil pessoas.” Os bairros são o Umbará, o Ganchinho – ambos, antigos destinos da imigração italiana – e o Sítio Cercado, o principal pólo da imigração recente em Curitiba.
A “nova” Igreja de São Pedro também é uma homenagem aos catorze párocos escalabrinianos que, desde os primeiros dias do trabalho pastoral na região, foram o esteio espiritual da comunidade. “Se hoje temos um belo edifício de tijolos e pedras e, principalmente, se temos um edifício espiritual muito mais importante, isso se deve a esses religiosos. Eles realizaram plenamente a missão dos Missionários de São Carlos”, diz padre Miguel.
Registro – Um dos cuidados do pároco em relação ao trabalho foi o de documentação. Além de fazer uma minuciosa prestação de contas à comunidade, ele também coordenou a produção de um livro com todos os detalhes do que foi feito. A obra, “A Restauração – Igreja de São Pedro do Umbará”, foi produzida em co-autoria com a arquiteta Aline Soczek Bandil e o historiador Marcos Afonso Zanon, com editoração de Antônia Schwinden. “No livro, buscamos mostrar o valor artístico e arquitetônico da igreja, assim como sua relação com a cultura italiana, a trajetória dos imigrantes e o bairro”, explica.
Presente e Futuro – Questionado sobre o presente e o futuro da Igreja de São Pedro e da comunidade dos bairros do Umbará, Ganchinho e Sítio Cercado, o pároco destaca, em primeiro lugar, a necessidade de atender às demandas dos novos imigrantes, pessoas que vêm de outras regiões da cidade e do país buscando viver com mais dignidade. “Hoje, a paróquia abrange dez comunidades, das quais duas não dispõem de um espaço físico de celebração. Estamos lutando para que essas igrejas sejam construídas e, principalmente, para que essas pessoas sejam cada vez melhor acolhidas”, explica. Há, ainda, a necessidade de conservar fisicamente a Igreja de São Pedro. “Esse cuidado honra os esforços de todos aqueles que atenderam ao nosso chamado e cumpre um papel de atenção à memória e à história de nossa comunidade. Também temos consciência do valor que a edificação possui na divulgação da fé. Ela é um símbolo, um sinal de algo muito maior.”
(*) – Rodrigo Wolff Apolloni é jornalista e colunista da “Gazeta do Povo”, de Curitiba.
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